rua vermelha...
vida doce e amarga,
coro de lobisomem
que uiva para a lua azul
que não responde pra ele...
rosas caindo nas montanhas
de Hiroshima e Nagasaki
coisas que a vida traz sempre
a separação é a única coisa inseparável,
as torres que voavam por cima do tsuru...
caindo como um dominó,
uma do lado da outra,
como a cidade verde do dinheiro...
e eu... não sei pular corda...
e estou começando a desmaiar na poeira,
do ar das cinzas do cigarro,
e depois de matar a saudade da minha Cinderela no bar,
passo meu perfume e volto a dormir
ai, ai... os adolescentes e os seus joguinhos infantis,
de pular as fogueiras...
e depois brincar de médico...
e depois de papai e mamãe,
porque papai e filinha já cansou...
a brilhantina repetitiva...
os fios dentais que eu estou usando agora, para limpar meus dentes...
são os mesmos que ela usou, para chamar a sua atenção
você sabe, quanto mais fino, mais grosso...
mas se em um ensaio sobre a cegueira,
você ver um besouro branco...
essa poderá ser sua ultima revolução.
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