segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ab aeterno (branca de neve) - Lucas Jammal

- eles me pegaram de surpresa e eu não pude respirar, quando eu fiquei desesperado, sabe... quando eles não paravam de falar... resolvi gritar e... e eles fizeram silêncio no mínimo durante 2 segundos e no máximo 5
- Mas algo que eu não entendi é o quando eles perseguiam o...
- vamos pessoal! Os filhos da puta estão aqui de novo eu estava carregando mais um terráqueo encapado pela gosma que eles tanto gostavam de arder e...
Uma bomba caiu perto deles...
- Vamos, vamos, vamos! - disse ele, mais conhecido como Felipe ou doutor, com seu avental branco, sacando sua arma - gosto dessa arma... recarregar... recomeçar... gosto de puxar o gatilho e sentir a cabeça de cada um deles explodindo. Não sei se eles merecem, mas eu também não mereço e eles fariam o mesmo comigo
- é... bem vindo a selva - disse um dos dois que estavam perto dele, com o uniforme laranja conhecido também como ciêntista, o outro vestia um uniforme verde e era conhecido como Alienista
Eles correram, atiravam, fugiam, se escondiam e nada a menos que suas mentes mandavam automaticamente eles fazerem... eram treinados por esse tipo de trabalho, treinados por algum tipo de medo que por consequência cria a atenção e algum tipo de coragem, que cria a ação. Continuaram essa rotina repetitiva, até que chegaram em um lugar demasiado diferente, do qual costumavam fugir ou encarar ou apenas se esconder e esperar tudo acabar. Quando o Ser de uniforme de laranja pisou naquele lugar, sua cabeça começou a inchar, talvez fosse algum tipo de forte alergia. No centro daquele lugar demasiado diferente, havia a fonte, a fonte de muitas cores... Quando percebiam três dimensões descobriam quatro, mas apesar da capacidade humana ser infinita, algo anulava com que prosseguirem, talvez não algo do cérebro, mas sim da vontade, denominada, pela maioria " alma ". o Alienista olhava aquele centro, como se estivesse hipnotizado de um modo que todos os sentidos voltavam para o mundo interior, deixando todos nulos, no mundo em que vivia. Sentindo-se na lua, o Alienista não fizera nada além de ficar olhando para o centro e o ciêntista ficara com uma extrema dor de cabeça. O doutor, com sua alma infeliz e indiferente, muitas vezes de sua vida, pelo efeito de remédios que era viciado, não era afetado por aquele tipo de magia negra, colorida, apenas pela magia branca que não conseguia ele considerar alguma magia. Ele pegou seu amigo alucinado e seu outro companheiro da cabeça inchada, segurando o braço de cada um, para ajuda-los com o equilíbrio. Eles conseguiam andar, mas a mente não estava em condições de equilíbrio naquele exato momento.


- Rosa, é você! - Suspirava Davi
- como ousa chama-la de tal objeto? Ora florais... estão perto de animais, e Ab aeterno está longe disso! Respeito com vossa majestade! Saia daqui, seu vil! - falava o pequeno homem
- desculpe, Rosa? Porque me chamara de Rosa?
- é você Rosa, é você - ele tinha mais do que certeza que era ela, mas agora ele só tinha certeza
- Meu nome não é Rosa
- Seu nome é Ab Aeterno? Isso nem nome é
- hah... - respirou fundo alguns pequenos
- como ousa falar assim de vossa majestade? - Disse por fim um deles
- Rosa é o nome da garota, não?
- Rosa, Rosa... muito tempo longe Rosa... tem que ser você, tem que ser!
- Você é um sonhador, sonha, correndo em um labirinto, sonhando em achar um buraco, para o seu passarinho voar livremente e duro, sem ser atingido pela gravidade. Ora, corre tanto e desatento, que se perde mais ainda, mas é bom ser um sonhador... não abandone seus sonhos Davi, você poderá aprender muito com eles!


Doutor achara uma maçã, na mochila, que ele carregava em suas costas e deu para o mecânico mastigar, ele sentia agora em melhor estado, mas talvez, houve algum erro de cálculo, pois logo depois a cabeça voltara a ficar inchada e nessa vez pior... agora ficou ainda mais difícil dele respirar... O Alienista daria para ele muito menos trabalho, pois estava simplesmente no mundo na lua, mas o ciêntista estava agonizante, sem conseguir respirar. " Porque eu dei isso para ele? " O doutor pensava de vez em quando... o sujeito começa do sujeito começara de novo a ferver, mas o corpo estava frio, pois não conseguia respirar. Começou a fazer barulhos, barulhos sombrios, que assustavam e deixavam qualquer um agoniado, estavam saindo de dentro do mecânico. O barulho estava cada vez mais insuportável, de um modo que o doutor não conseguira mais aguentar
- vou acabar com isso de uma vez!
O doutor pegou uma tesoura próxima, de sua mochila e começou a massacrar o ciêntista, pescoço, várias vezes, até que por fim, o barulho parou, a cabeça começou a desinchar e seu colega falecido, jaz ali. Ele limpou suas mãos escorrendo o sangue com água e então ele e o Alienista voltaram para onde ele deixou o Davi, ou como eles costumavam chamar a partir de agora: " o futuro cientista "

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