sábado, 10 de setembro de 2011

um bom selvagem - Lucas Jammal

Tímido não, tarado.
Tarado mas não safado.
Não sou traidor,
não sou machista,
ou não pretendo ser machista,
sou tarado com amor.

tarado, sim, tarado,
mas não dos que olham pra bunda...
mas sim, os que são ansiosos,
tímido não, ansioso.
Que segura na mão,
que pega, que tenta agarrar,
tarado com o coração,
que se dispara com esse amor...
que eu não posso evitar...

tarado, ativo!
que cativa o teu calor...
que sente o fogo tarado no corpo...
que sente o fogo, o sabor!
que sente tudo, pelo seu amor.

Tarado e fiel, como um cão.
Tarado mas um bom selvagem...
tarado, só por você...

Tarado, e talvez até mesmo molhado.
Tarado e desencostado,
querendo se encostar...
só quero estar em teu lado,
em teu lado, acorrentado,
para poder lhe mostrar,
que sem você, meu fogo não irá se apagar...

tarado e cheio de esperança,
tarado e novo, sem lembrança,
querendo conhecer...
querendo saber do amor,
querendo amor fazer...

tarado, sim, tarado
tarado e talvez poeta,
poeta e talvez até filosofo...
vamos pra minha casa,
filosofar sobre o bom e o mau selvagem...
vamos criar intimidade na intimidade...

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