quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Caandrades - Lucas Jammal

Os Andrades não morreram! 
Eles estão escondidos em algumas cabeças
como a minha cabeça, 
assim como Maria, 
ah, Maria... 
nunca morre dentro de mim!
Nunca dentro, morre em mim, nunca!
Só vive! 
Dentro da cabeça, e do coração, Maria, 
Drummond explicando minha cabeça e coração,
na idade em que me encontro, 
que é a mesma idade de Maria!
Depois, porém antes, que me vem os outros 5, 
entre eles, dois Andrades, que não são Drummond, ainda!
Depois deito em um poema de Meireles, 
como se fosse armadilha!
Como é bom chorar com Maria, 
o ruim é acordar... 
ninguém tem medo quando a besta abre a boca, 
mas quando ela fecha. 
Ah! Maria é tão inteligente... 
parece até que vai pegar o violão, 
como Vinícius de Moraes... 
Ah, Maria, toca Raul!
Não quero dormir fora do sonho-realidade, 
não quero acordar fora do sonho-realidade!
Vem comigo, Maria!
Vamos passear no parque e no Buarque, 
Eu, você, Toquinho e Pixinguinha, 
escutando Ney cantando todo o Brasil!
Vamos, vamos Edulobar o Lobão, 
até velar o Caetano, caetanear o Jobim-açu, 
 Como Elis Regina, como Maria Rita Lee...
Maria! 
Ah, Maria... 

Um comentário:

  1. Ameeeeeeei, o melhor poema. Eu achei genial, dá até pra fazer uma música, colocar melodia, vou tentar posso? Citou todos os artistas e poetas que eu admiro, ficou tão poético, tão bonito <33

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