Ultimamente tenho feito nada,
Além de me entrevar...
Em uma sombra cabeluda,
Da noite de uma estrada vazia,
Num carro, sentindo o cigarro,
O frio amargo de viver,
Procurando ficar iludido,
Pra tentar fugir de uma desilusão...
Mesmo se a vida fosse um mar de rosas,
Eu iria nadar sem cuidado,
Iria acabar me machucando,
As fadas sentem o sono eterno,
Quando na rua, eu vejo, atento,
Três garotos espancando um gatinho,
Não faço nada,
Depois estuprando uma mulher,
Não faço nada,
Ninguém mandou eles existirem,
Ninguém mandou eu existir...
Me desculpe se foi você (e foi),
Mas se no fundo eu não existo,
O que eu poderia fazer?
Tomara que eles sejam todos capados,
Não por terem feito algo errado, não,
Mas por terem desperdiçado o tempo,
Fazendo coisas idiotas...
Bom, tomara que ela esteja grávida,
Eu iria rir se fosse o caso,
Não sou machista, só acho,
Que a destruição é algo primordial,
O mundo surgiu numa explosão, não surgiu?
Tem vezes que me sinto,
Como se eu estivesse espancando um aleijado,
Ou vomitando, com nojo,
De um chocolate suíço...
Sinto o frio da noite,
Pelado, pois não faz diferença,
O que é cura ou doença, foda-se,
Não me importo com falsos sorrisos,
Somente os números me acalmam...
Eu deveria sair com uns amigos
E fazer boliche com o carro...
Dar conselho para aqueles que amo...
Eu te amo,
Quer um conselho?
Se mate.
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