domingo, 24 de julho de 2016

Poema do gato idiota - Lucas Jammal

Eu não vivo sem os meus amigos,
Tanto os irônicos, inteligentes e bem sucedidos,
Quanto os recalcados, invejosos e ciumentos,
O mundo sempre se descobre
E eu, do mundo, me descubro...

Eu sou um gato, mas escolhi estar no corpo de um humano,
É que eu gosto de me relacionar com seres humanos,
Nós, os gatos, procuramos por algum segredo idiota,
Pelo menos não corremos atrás de uma bola...

Futebol sempre, toda hora, cada segundo,
Futebol é tudo e não existe mais nada no mundo.
Esse poema é tão ruim, mas tão ruim,
Que parece uma tradução mal feita de um rock bobo...

E começo a miar, entediado,
Preocupado com o tempo,
Já sinto como é o nada na vida,
Não gosto desse sentimento,
Não tenho sete vidas,
Tenho medo da morte.

Então eu durmo, pensando na eternidade,
Meu peito se agarra, abraçando meu coração,
E diz: " bate, bate, bate! Eu estou aqui,
Não precisa sentir medo. " e eu ronrono.

Nós, os gatos, procuramos sempre por um segredo idiota,
Mas pelo menos não assistimos Big Brother,
Não temos que pensar no Big Bang,
Nem acessamos sites de fofoca,
Nem fazemos fofoca,
Não mexemos no computador, tv,
Nem lemos livros...

Nós gatos já nascemos pobres,
Porém, morremos sempre pobres,
E conseguir viver assim é... meow, incrível,
Ficar feliz com uma caixa de sapato...

Acontece que eu sou um gato diferente,
Quem não me da comida, não terá minha energia,
Quem me da carinho...
Eu... Adoro a sua companhia...
Eu realmente gosto da sua companhia (!)

Meus pensamentos não são organizados
São rápidos e...
Olha! Um novelo de lã,
É a lua!

Nós, os gatos, procuramos sempre por um segredo idiota,
Pelo menos não temos nenhum segredo idiota pra guardar,
Nada atrapalha nosso sono,
E nada impede a gente de amar.

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