segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Brincar de morto - Lucas Jammal

Num cemitério eu quero brincar,
brincar de morto, com a saudade,
vezes silêncio melhor expressar,
vezes tortura, vaidade.

Seu defunto, canta pra mim,
enquanto palavras comer,
sabe? Minha vida é assim,
vou brincar até morrer.

Nas sombras, brinco, abençoado,
pelas cidades, correndo, pelado,
já que ninguém me vê, afinal...

Sem você, não sou criança,
mas brinco, com a esperança
de morrer igual.


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