Queria não ser poeta - Lucas Jammal

I - Queria não ser poeta

Queria não ser poeta,
Não sofrer mais por amor,
Ter a mente mais aberta,
Para a dor.

Ser adulto e viver,
Sem depender da tua amizade,
Queria poder te fazer esquecer,
Tudo que te abalou de verdade...

Hoje consigo te assustar,
Fazer você se separar,
E não voltar mais, pois não quer ser o caos da minha vida...

Mas você é poesia,
Esqueça tudo e não fuja de mim, doce Maria...
Pois a tua amizade é a coisa mais querida.

II - Mas já que sou

Mas já que sou, vou tentar mudar,
fazer aproveitar, com palavras, trazer,
felicidade, tentar te reanimar,
Espero não ter te matado por dentro.

Não vou mais rimar, pois é forçado,
embora que envolva certo capricho,
A vida é bela, vou sair com meus amigos,
Você, saia com os teus, não fique sozinha...

Já que sou poeta, quero te escrever,
mas pra te fazer sorrir e não ver sofrimento,
quero ficar feliz com o teu encanto,
passado não pode ser algo que condena.

III - Passado

Não quero ser passado na tua vida,
amiga querida, Mariazinha...
Lembra do nosso encontro?
Que angustia teve naqueles dias? Nenhuma,
Só de você não me encontrar,
A escola, ficou no passado...
Poucos os contatos...
Nos beijamos pra caramba naquele dia,
Mas nem transamos, é uma pena!
É uma pena que o passado condena...
Foi tão bom, mas seria melhor
Se não fosse passado...
Não deixe que o ruim seja presente e o bom seja passado.
Foque na sabedoria e eu também focarei,
que nossa amizade volte e com muito mais força!
Que muros sejam destruídos!
Com pedras do passado, planejaremos nosso futuro,
Com pedras do passado, planejaremos nosso futuro
e tudo vai dar certo,
sim, tudo vai dar certo.
Pois para fazer do futuro algo certo,
basta fazer do passado algo incerto.
Será que algumas coisas ruins não foram em vão?
Mas gastaram tanto tempo,
gastaram sentimentos...
Mas e as coisas boas? Sinta!
Não como traição, mas
Lembre-se, nos amamos, temos valor um para o outro!
Nossa amizade é valiosa!
Meu passado distante,
Presente sem você,
Futuro ao teu lado.

IV - Ao teu lado

Ao teu lado tudo se conecta,
paz chega a ser certa utopia,
quando algo ainda precisa
ser resolvido.

No entanto, ao teu lado,
é tudo festa, você sabe,
tudo mágico, não se afaste,
pois perto de ti eu dou tanta risada!

E é muito gostoso, compartilhar as coisas,
É engraçado como ninguém gosta de Jupiter Maçã,
É engraçado como ninguém gosta de viver em marte...
Ao teu lado a arte vive e eu vivo a arte.

V - A arte vive e eu vivo a arte

A arte vive e eu vivo a arte,
A arte é um sonho quando estamos sozinhos,
mas ao teu lado, ela se concretiza.
E já que sou poeta, preciso escrever,
sobre o passado que tenho saudade,
sobre o presente que me aflige,
sobre o futuro incerto...
Mas ah! As vezes eu não queria ser poeta,
pois parece que sem você,
tenho a obrigação de sofrer!
Pois você é minha poesia...
Não posso simplesmente te esquecer,
Prefiro ser teu amigo, casto,
Te deixar imaculada,
privar da beleza de deitar,
te ver dormir, sorrindo...

VI - Te ver dormir, sorrindo

Te ver dormir, sorrindo,
com a tua namorada,
Eu, rindo,
você calada.

E quando ela piscar,
soltar o nosso poli-amor,
te dar mil beijos, e a ela, ao luar,
Se segurar é sentir dor!

Ah o cheiro da mistura, que me faz,
ficar maluco, cheio de paz,
Em meu coração...

Conversei com ela, pra talvez criar uma oportunidade,
loucura da minha cabeça, é verdade,
mas não queria que nada fosse em vão.

VII - Não queria que nada fosse em vão.

Não queria que nada fosse em vão,
Queria sempre te fazer feliz,
A caneta que tenho em minha mão,
É para o versinho que descreve teu nariz...

Tão bonitinho, tuas bochechas, teu sorriso,
melancólico, tua cara de insônia...
É uma beleza singular, atemporal...
Que não encontro em lugar algum.

Os momentos são tão belos,
Que chegam até a viciar,
O tempo foi pequeno,
pra beijar teu nariz, tua orelha, tua vagina, mãos e pés e peitos,
morder sua bunda...
a minha é grande, todo mundo gosta...
queria esses momentos simples, de extrema felicidade,
que não podem ser impedidos...

De que adianta ser poeta,
Se tudo parece tão impedido?
Se as palavras não te encantam mais?
Se não trazem mais teu amor pra mim?
E as vezes até te preocupa?
Pois ando sem saúde, triste...
Por precisar de você...
É fato, eu preciso de você,
então o que vamos fazer, o que vamos fazer?
Aproximação não pode ser em vão.
Se afastar? Isso nunca!

Vou roubar teu nariz lindo,
E correr com ele, para a mais próxima e pura natureza,
que ainda existe nesse mundo ácido,
vamos pra lá, viver a solidão!
Esquecer de tudo, hippies, índios,
agarra-te em minha mão,
que com você eu tenho coragem de tudo!
E nada é em vão.
Nada é em vão.