quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Tomo chá - Lucas Jammal

I - depressão é frescura

Ela disse " pare de viadagem, depressão é frescura "
Sem saber o quão demente,
Que se encontra a minha mente,
Sem o amor, eu vivo a loucura...

Pois em meu coração, essa maldita solidão,
Tem me deixado isolado, no mundo da lua...
Tem me causado depressão e alucinação,
Te vejo em todo lugar, na rua.

Mas ninguém é você, então viram feras malditas,
Esse trem lotado delas, deixa minha alma tão aflita,
Que começo a passar mal, ficar sem ar...

Mas sou dedicado, tento escrever e rimar,
Tento viver, tomo chá, tento respirar,
Ninguém consegue ver o que tento mostrar.

II - enfermeira

Hoje, eu pensei, " é meu fim! "

Ela podia pousar,
Feito essa enfermeira e tirar,
A minha roupa, cuidar de mim...

Me dar um chá gostoso,
Verde, de cogumelo ou de boceta...
Seria tão delicioso,
Se o mundo não fosse tão careta...

Preciso sentir teu encanto...

Aqui tem ervas pra todo canto,
Ervas eu fumo, só pra te ver...
Oh, enfermeira!
Que vive na beira
Do meu ser...

III - A lua me devora

A lua é canibal e me devora,
O sol é invisível e me apavora.
Como a morte de uma amora...
Ou a morte da framboesa...

O amor é uma incerteza
Que demora...
E que nunca tem clareza...
Na cidade, o amor é a natureza.

Amor é sal num mundo sem tempero,
Algo perdido no infinito da eternidade,
Amor se resume em desespero
E saudade.

Amor é hippie e brasileiro...
É abraçar ou ser morto pelo mundo inteiro.

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