sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Show de fantasia - Peter Gabriel (genesis)

Voltando do trabalho, a bela Julieta,
Limpa a mesa do café
Ela pinga em sua pele, perfumes agradáveis
é linda da cabeça aos pés...
" Eu arrumarei minha cama "
Ela disse, com alegria...
Pode ela se atrasar para o seu show de fantasia?
Show de fantasia...

Romeu deixa seu apartamento fechado
e sobe as escadas, apressado,
Com a cabeça erguida e gravata florida
Um milionário de fim de semana
 " Eu arrumarei minha cama
Com ela hoje à noite", ele clama
Como pode ele esquecer, 
do chocolate de sua dama? 

Vamos voltar no tempo, 
com o pai Tirésias... 
ouça o velho falar de tudo, 
que ele já viveu até lá...
" eu cruzei entre os pólos, mistério não há,
quando homem, como o mar eu briguei, 
quando mulher, como a terra eu dei... 
de fato há mais terra que mar. "
 
 
 
 
tradução por: Lucas Jammal

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Ódio ao mundo - Lucas Jammal

sou tão azarada, 
nessa vida desumana, 
que quando estou menstruada, 
um cão vem cheirar minha xana... 

Lunga Lunga da vasta bunda, 
fi de uma rapariga, 
que dor é essa, profunda, 
que eu sinto na barriga? 

Carlos Carlos vasto Carlos, 
se eu fosse Carlos Drummond, 
teria escrito um poema mais ou menos assim...
Carlos Carlos vasto Carlos, 
mais vasta é a minha paciência...

Eu não deveria lhe dizer, 
mas esse calor...
e você encostado em mim...
me deixa revoltada que nem a diaba!

Fébil Flex - Lucas Jammal

Choro em casa, mas também choro fora, 
quando choro, todo mundo vai embora, 
eu engula a escolha do ego, 
e o super, vem comendo meu ID... 
Fébil Flex, débil rex, 
o meu sangue foi feito pra você... 

Você é mesmo uma purista comedida... 
" eu já disse que não quero ser sua amiga "
você disse que não era prostituta, 
tenho medo quando não está biruta...
eu engulo a escolha do ego, 
e o super, vem comendo meu ID... 
Fébil Flex, débil rex, 
o meu sangue foi feito pra você!

Heatclift não sabia correr, 
seu amor foi ignorado pelo ego, 
super filho da puta, acaba com o instinto animal... 
a poesia morreu, com a burguesia, 
a ética se rompeu, com o dinheiro, 
e o poeta que não consegue vender, 
sangra na mão e no olho, de tanto escrever, 
de não ser correspondido...
de não saber o que fazer...
Fébil Flex, débil rex, 
o meu sangue foi feito pra você!

nosso bom politico e nossa boa cultura - Lucas Jammal

Ai, fulano de tal é tão malvado, 
eu sei que ele esconde umas coisas malvadas, 
mas ele não parece ser malvado, 
ele não transparece ser malvado, 
ele não tem cara de quem é malvado, 
não há problema de fazer dele nosso rei, 
ele é corrupto, 
mas é muito bonito, 
fala bonito, 
tem uma boa postura, 
faz academia, 
faz esporte, 
toca piano, 
se veste bem, 
tem boa pinta, 
é romântico, 
não é grosso, 
tem estilo, 
é jovem, 
é branco, 
é rico, 
é homem, 
é francês,
é metido, 
usa perfume caro, 
é fiel ao seu dinheiro
e é contra o estupro de crianças albinas com menos de 12 anos... 

Seriamente feliz - Lucas Jammal

Dança à lua, a bailarina, 
leva pro corpo, a alma, 
faz da dança, poesia, 
intensa, crescente e calma.


 
Dança, contemporâneamente, 
sobre as nuvens mais obscuras, 
busca, eternamente, 
um novo tipo de postura.


Dança, em cima de um grande castelo, 
procurando pelo sol amarelo, 
dança o calor...


Dança, e com a dança  diz, 
que dança, seriamente feliz...
dança o amor.


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

música da auto-inconformidade - Lucas Jammal

Ela me abraçava, 
porque não sabia dizer não... 
comigo ela dançava... 
porque não sabia dizer não... 
 ela nunca tentou me iludir... 
dizem que é mulher diabólica... 

Ela me adorava, 
adorava me ver sorrir,
aos poucos que ela me olhava, 
eu não estava feliz... 
ela não sabia dizer não
e foi ficando cada vez pior... 

tentei em fazer tudo, 
para vê-la melhor... 
enchi meu peito de ar... 
mas na hora H, 
quando ela, eu tentava abraçar...
tinha medo de te machucar... 

Tomorrows Tumorous - Lucas Jammal

Essa punheta
que lambuza minha mão de lágrimas de sangue...
... ou a estrada que ela tem no meio das pernas é muito grande, 
ou meu pau é muito pequeno... 
como ela aguenta tanta coisa? 
ela me acha um puto... 
ela é uma gatinha... 
e eu me sinto com câncer...

Depressão fervendo na cabeça...
o coração bate mole,
quer ser livre de um corpo melancólico,
tenta sair do peito, 
mas o peito é duro, 
o coração amassa
e fica todo aleijado...
ah, aqui quem fala é o fantasma da mãe de Ana... 

Tomorrows Tumorous...
Aninha viu algo ruim em mim, 
talvez eu seja doente em todos os sentidos...
talvez meu cérebro tenha mesmo sido corroído
e só me restou a parte da expressão...
pelo que vi pelo mundo, 
não há cura para o coração...
querida, não se sinta um câncer...

domingo, 26 de agosto de 2012

Estarei livre - Lucas Jammal

Ai, como eu amo não ter sentimentos!
Ser assim: do jeito que Deus quiser. E então,
estarei livre de qualquer tormento,
pois a maior inimiga do amor é a paixão. 

 Amar é não sentir nada, 
é fingir que se importa, 
é estar sempre ao lado da pessoa amada, 
quando ela bater na sua porta. 

Amar é fugir com o amor, 
até que não sobre nada, além do vosso calor... 
Amar é não se desesperar. 

Amar é enterrar a tristeza, 
é ter sabedoria e certeza, 
é rir. Não é chorar.

sábado, 25 de agosto de 2012

suas menininhas - Lucas Jammal

cuidado para não se apaixonar,
 o amor não inspira em nada...
você não vai sair do lugar, 
sua felicidade será roubada...

a infelicidade
só faz escrever
coisas, que na verdade, 
fazem pior... 
toda essa agonia
que envolve você, 
faz da poesia
algo menor...

não se apaixone por alguém que não te ama, 
pra sair, escrevendo punhetinhas... 
nesse jeito não sairá mais da cama, 
sonhe, sonhe, com as suas menininhas... 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Ufana - Lucas Jammal

 Hey, vocês conhecem a Aninha?
ela é pálida, fofa, estranha
linda e doidinha
de pedra. Faz tudo ao redor ficar bonito...
como as aranhas, 
como os mosquitos...
tem hora que ela parece tão normal, 
mas ela volta a ser estranha
foi, 
não foi, 
foi?
não foi.
Ufa, Aninha!!
Ufana, 
Ana, 
bacana, 
banana...
ela volta a ser
Ana. Ana tem tanta coisa pra dizer...
 aparenta em teu coração, 
a cada palavra que ela... 
Seu toque. Que Laura parece... 
em toque escurece, 
tão clara é Aninha...
Aninha
Aninha...
será que eu que penso que ela... minha...
minha alma é tão sozinha...
e de onde Aninha vinha? 
 mas eu sei que Aninha tinha
algo pra dizer pra gente...
de repente
ente 
ente
ente...
tão quente é o sol, 
tão fria é a lua...

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

o orgulho e o amor - Lucas Jammal

Meu orgulho não é maior que o meu amor, 
mas é mais forte. 
Derruba o meu amor
e o olha pro amor,
sente nojo, 
sente um vazio no amor... 
 raiva do amor...
pisa!
pisa
pisa
pisa, pisa, pisa, pisa, pisa!
Meu orgulho não quer que eu me desculpe...
jamais me deixaria mudar... 
meu orgulho 
não é maior
não é maior
que o meu amor
o meu amor
meu. 
Derruba
pisa
come 
cospe
vomita
meu amor é frio... 
meu amor não esquenta, 
quando esquenta fica ruim
e o orgulho vomita. 
E o amor tenta engolir o orgulho,
mas esse orgulho doce
e esse amor resfriado...
ah, o orgulho, forte e pequeno...
engasga o amor...
... mata

fantasma - Lucas Jammal

enquanto chorava, de arrepiar,
recebi um conselho,
minha mente me disse para olhar para o espelho, 
que eu encontraria algo belo por lá...

 mas só consegui encontrar, 
o que atrás de mim estava, 
pois enquanto tentava me procurar, 
o espelho atravessava, eu não estava, eu não me achava. 

Sai na rua. E a todos que encontrei,
ninguém me viu, por todos atravessei. 
Como pude me tornar um fantasma? 

Pelo mundo todo eu voei, 
nada impedi, nada mudei. 
Vi Aninha morrer de asma

terça-feira, 21 de agosto de 2012

tudo que eu tenho é amor - Lucas Jammal

tudo que eu tenho é o amor, 
que eu sinto por você
tudo que eu sinto é o calor
que eu não consigo conter... 
 
 querida, você é assim, 
o sonho da minha vida
e minha vida é você, querida, 
é meu sonho, um amor sem fim. 
 
tudo que eu sinto é o amor, 
que eu sinto por você, 
tudo que contenho é o calor, 
que eu não consigo conter... 

As vezes, não é ao olho nu que consigo
te ver, querida, sorrir, 
mas eu consigo sentir, 
como se você estivesse aqui comigo
 
e eu vivo do calor,
que eu sinto por você...
tudo que eu sinto é amor 
que eu não consigo conter

O vazio e o nada - Lucas Jammal

No paraíso niilista, 
o vazio e o nada se encontram... 
como posso acreditar no nada? 
Oh, não, nem no nada eu acredito, 
muito menos no vazio...
tenho trauma de carinho.
Hey, você não é assim?

Oh! Procuro alguma coisa, 
dentro do bigode de Nietzsche, 
talvez uma dinamitzsche...
talvez para me conformar, 
escuto o belo patético de Tchaikovsky, 
entre o vazio e o nada...
 Hey, você não é assim? 

Ah! Niilismo!
Oh! Indiferencismo, 
a maior religião do mundo!
Maior que o próprio consumismo! 
Os mesmos  " oi, tudo bem "
os mesmos " eu te amo "
" os mesmos eu também "

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Vou-me embora pra Pasárgada (versão imaginária) - Lucas Jammal de Manuel Bandeira (adaptado)

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá é onde quero ficar. 
Lá tenho tudo que quero
na alegria de sonhar e amar
Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
aqui eu não sou ninguém
lá a luz não queima
de tal modo tão doente, 
Que Maria a Louca de Marte
 rainha e falsa demente
cria a contracontra arte
com Andy Warhol e a pop art

E como farei teatro
falarei com todo mundo
beberei água sagrada
e saberei que é sagrada.
E quando estiver louco
canto pra lua
 mando chamar Dionísio
pra transformar vinho em água
pois no tempo que eu era menino
Rosa vinha me contar: 
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
é outro tipo de canção
tem uma forma saudável, 
 de iludir um coração
tem estrelas que não se apagam
 tem fruta de Afrodite
tem mar de rosas espinhudas, 
para a gente nadar...

E quando eu estiver mais triste
mas triste de não ter jeito
quando de noite me der
vontade de me matar
- lá é onde quero ficar - 
lá tenho tudo que quero
na alegria de sonhar e amar.
Vou-me embora pra Pasárgada

domingo, 19 de agosto de 2012

eu e Teddy - Lucas Jammal

Saudade do Tédio, 
um amigo muito íntimo, 
que eu chamava de Teddy. 

Teddy me ajudava a escrever poemas...
me dava tempo e baixo-astral...
eu, o Teddy e o nosso lema!
não seja, Teddy, assim, normal... 

Quando eu estava com Teddy, 
não tínhamos nada pra fazer...
e eu adorava! 
Hey, Teddy, vai embora, 
hey tempo, volte aqui!
Hey, Teddy, não me leve a mal...

Teddy, Teddy, te amo, Teddy!
maior que o tempo, você é!
É maior que o meu amor!
Teddy, Teddy, volte aqui!
Vai embora, Teddy!

estou fazendo coisas - Lucas Jammal

Oh! Estou fazendo coisas que não me fazem bem... 
eu sou lindo, como meus desenhos e poesias...
eu escrevo como ninguém...
eu vejo fogo pra todo lado... magia!

Fogo macio, sou triste triste... 
beijando esses cavalos...
eu adoro matemática, 
é um tipo de poesia...
eu tirei zero na prova...
não é ironia
Irônico, não é? 

Pra quê tanta rima,
Pra que tanto poeta, 
Se pelos meus cálculos, 
pelo que todo mundo que já amei, me disse,
eu só amo quando meu coração está em silêncio?
Oh! Irônico não é? 
Tenho nojo do que pensam sobre mim

A morte de Santa Cecilia - Lucas Jammal

As mulheres de hoje em dia, 
me adoram tanto, 
pois eu canto lá lá lá
e eu canto chá chá chá
E eu canto ui ui ui
E eu canto oi oi oi
e eu canto ai ai ai
E eu canto mata papai
 e eu canto chu chu nenê
e eu canto yeah yeah yeah
e eu canto ô lê lê
e eu canto ô sinhô
morena, sinhá ou pastor...
e eu canto pra inglês, 
pra japonês e pra burguês, 
canto pa pobre também
eu canto pra vocês, 
eu canto pras alguéns...
eu canto todos os hojes!
e quando a bunda subiu
e a cabeça abaixou, 
santa Cecilia morreu,
simplesmente sumiu, 
ninguém sabe ao certo, o que aconteceu, 
ninguém sabe se ela se matou.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

sombras idilioniricas (clube dos piratas) XVI - XVII

XVI - não há nada como o cheiro de uma casa nova.

Como pude participar de uma briga
e perder um olho? 
Mas o que mais me preocupava, 
ainda era o fato de poder ter sido eu, 
que engravidei a Ana... 
" se meu filho nascer sem um olho, 
Vinny pode desconfiar mais ainda " 
brinquei comigo mesmo.

saí do hospital, 
olhei nos olhos de Maria, 
a abracei com força
e com a maior alegria do mundo.
" te amo, Maria, te amo! "
" Eu também te amo, Lucas!
Que bom vê-lo melhor! "
 " me sinto David Bowie...
você gosta mais de mim agora? 
Acho que estou mais... camaleão...
sinto que mudei bastante!
Reparou algo novo em mim? "
" você e sua mania...
não se meta mais em brigas bobas como essa. "
" Oh, Maria! Isso foi só o começo,
caso os comedores de cabeça tentem nos pegar...
aqueles sim, são rotuladores perigosos!
Olho eu tenho dois, cabeça, só uma. "

Maria via que eu ainda deveria repousar, 
me convidou, para ficar, 
 em seu apartamento pequeno, 
com um quartinho ao lado do seu. 
Insistiu para que eu ficasse na cama de casal
e ela dormisse no colchão, 
mas eu não pude deixar isso acontecer. 

XVII - amor imaginário

" bom dia, amigo imaginário! 
Gostou do colchão? "
" claro, amiga imaginária, 
é melhor que a cama do bar! 
Mas o melhor lugar onde posso morar, 
é dentro do seu coração. 
Portanto, gosto muito, 
de qualquer presente, 
que tenha a me dar.
Sendo ele, material ou não. 
Que me dê, sempre com amor! "

 Maria me abraçava, 
comíamos, bebíamos, gritávamos...
ouvíamos música alta! Cantávamos.
Rock, blues, teatros, poesia...
até que fomos para o quarto dela...
começamos a nos beijar...
agora dormíamos juntos, como dois anjinhos selvagens, 
e tomávamos banho juntos também, algumas vezes.

" esse é o sexo imaginário? "
" é o amor imaginário, querido. "
 Nunca havia tanto me apaixonado... 
Maria, Maria, eu não queria nunca sair do teu lado!
Víamos as estrelas e o por do sol... 
conhecíamos melhor a natureza... 
a natureza do amor...
a natureza imaginária, de verdade...

sombras idilioniricas (clube dos piratas) parte XII - XV

XII - Maria

No dia em que o bar estava vazio, 
fiquei no lado de fora, com frio...
queria um amigo, pra poder conversar...
talvez, até um amigo imaginário, mas não sei imaginar...
foi quando uma bela mulher apareceu
- Qual o seu nome? - ela me perguntou
- Lucas. - respondi - e o seu? 
- Maria - e nossa conversa começou

Maria adorava músicas, 
como " o dia em que a Terra parou "
Maria fazia teatro, escrevia poesia e era maluca...
dizia coisas como " rimas são como se estivéssemos pintando ", 
" overdose sem dose "
" Romeu sem Julieta
não é Romeu
será uma peça de shakespare,
só um sonho meu? " 
e " bom dia, amigo imaginário! "

Trocamos nossas letras, 
tínhamos a mesma metafísica...
" bom dia! ", todo dia...
por onde anda Maria? 
Eu ficava tão desacordado..
imagináriamente apaixonado...
mostrei pra ela a taverna, onde morava. 

XIII - enquanto isso, na vida

- Se quiser, pode ficar aqui, Maria... 
sei que lá fora é um grande dia, 
que passa em um piscar de olhar...
na verdade, insisto com que fique aqui comigo... 

Quando disse sobre minha amiga, 
Vinny havia deixado ela ficar, 
mas disse que dele, eu não poderia contar...
pois qualquer comedor de cabeça já o conhecia...
e sei que eu não poderia casar com Maria, 
pois deveria esperar, caso Vinny fosse morto, 
para casar com sua mulher... 
pois eu havia prometido...

" Ana gosta muito de você, rapaz! 
Fico feliz por isso! 
Mas confesso um pouco de ciúme. 
Não fique muito perto dela, 
enquanto eu estiver vivo. "

XIV - A beleza da dor

- Tu és alguma coisa! - dissera alguém pra mim
- Do que me chamou? - retruquei ofendido
- De coisa. De alguma coisa. 
- Alguma!? - E comecei a lutar, 
com tal pirata demente, 
como ele ousa me chamar, 
de algo tão irreverente?

Pegamos, nossas espadas, 
não era ele um pirata malvado, 
só mais um desses que não acreditam em fadas
e insistem em fazer de alguém rotulado 
Ele arrancara meu olho, 
agora só falta perder a perna, 
pra me torar um bom pirata. 
 
Eu gritei de dor...
um olho a menos para se apoiar, 
o sangue escorrendo pelo olhar...
e antes de desmaiar, 
Vinny me levava para o hospital...
Maria, sempre por perto...
 linda e preocupada.

XV - Um olho a menos

Um olho a menos e uma espada... 
agora me sinto um pirata de verdade...
coloquei um olho de vidro...
parecia que eu era de outro mundo...

- Hey, garanhão, tem mais de treinar - 
Disse-me, Vinny, sem parar de falar - 
Desse jeito, antes de mim morrerá
e de sua amiga terei de cuidar... 

Não é preciso ter medo de se sujar, 
como um bom pirata, deve mais se aventurar... 
muita força e pouca força e muito risco correrá.

E então, voltamos para o bar...
Vinny começou a me treinar, 
e de noite, eu treinava Maria.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Sombras idilioniricas (clube dos piratas) - VIII - XI

VIII - Noite fria

Em frente da porta, torta, da mulher morta...
o luar em volta...
ruas confusas, muita gente por ali... 
alma vazia...

Um mundo mais sem cor...
noite fria...
oh! Meu amor...
meu amor não morreu na poesia...

Após a morte, vem, na poesia, as flores...
flores dos caixões, são as mesmas dos amores, 
que a morte separou. 

Flores que em máquinas servem só para enfeitar, 
mar de flores, o poeta a navegar...
e a verbena do meu mar murchou...

IX - Ana

Fora do bar, fora da rua, 
estava na casa de Vinny, 
chorando seco. 

Em um mundo pós-dominado, 
por mulheres, muitas mulheres, 
o consumismo veio na veia, 
os comedores de cabeça
tomaram conta de tudo...
eu me sentia tão sozinho... 
oh! Mas eu não era o único... 

Batia na porta, Vinny não estava, 
sua mulher me atendia: 
" pode entrar! "
e então, a gente conversava, 
ela me consolava...
" aonde está Vinny? ", perguntei, 
" talvez no bar, não sei... "
" e quando irá voltar? "
" provavelmente irá demorar... "

" ela nunca me trairia ", 
na minha cabeça, Vinny dizia...
sua mulher se chamava Ana, 
a minha se chamava Amanda...
Ana tinha carne, como Amanda...
Vinny e Ana, 
Lucas e Amanda, 
Amanda e carne, 
carne e sensibilidade, 
sensibilidade e consolo, 
consolo e Ana, 
Ana e Lucas... 
Vinny estava longe, Amanda...
" Ana nunca me trairia... "
Ana, Ana, Ana, Ana, Ana, Ana...
não era puta, não era vadia, 
mas também não era santa...
me encostei em Ana...
Ana, Ana, sobre mim ela pousava, 
por dentro, teu cheiro me tocava, 
e me tocava por fora, Ana!
E fomos ambos pra mesma cama... 
Vinny não voltava, 
Ana sorria...
" ela nunca me trairia... "
Ah, Ana! Doce sabor!

X - chifres de Vinny

Vinny sorria, em saber, 
que de Aninha, um bebê esperava, 
no bar, era bebida de graça...
mas será que era de Vinny, o bebê que ela esperava? 

Vinny sorria, sem saber, 
que sua mulher o traia, em ele perceber, 
com seu amigo viúvo, pirata, poeta... EU!
" Oh! Mais bebida, Vinny! "

Eu, todo bonzinho, 
com medo do carinho, 
não sabia o que dizer...

Eu via chifres no Vinny
e ele, olhava pra mim, a sorrir!
" Hey, Vinny, como vai o bebê? "

XI - promessa

- Você é um garanhão! - Vinny dizia, 
lendo de mim, alguma poesia - 
escuta, amigo, se eu morrer, prometa, 
que cuidará da minha mulher e meu filho, 
pois você é o único pirata em que confio...

- Mas não posso toca-la, ela é sua!
- Mas eu estarei morto e precisarei de alguém, 
que cuide dela e do meu neném, 
para que ela não durma sozinha, 
nem chore muito, por falta minha. 
É muito difícil viver sozinho, 
sei o que está sentindo. 
Há mulheres no bar pra você...
mas não se apaixone por nenhuma delas... 
prometa, Lucas, prometa!
- eu prometo. - mas e agora, boceta?

domingo, 12 de agosto de 2012

Sombras idilioniricas (clube dos piratas) - V - VII - Lucas Jammal

V - Whisky

- Hey, Vinny
Me dê um whisky,
Não volto pra casa,
Quero ver minha mulher...
Você tem um espaço ai pra mim?

Em sua taverna, muito espaço havia,
Mas não era lá que Vinny morava
Havia muita putaria,
Quando sua mulher não estava...

- estamos na busca - Vinny dizia - de ouro encontrar
Sempre em algum tesouro, dentro do mar...
Dos comedores de cabeça, escondo meu bar...
Nosso maior objetivo é ter algo pra buscar...

- O meu, é encontrar alguem pra amar,
Não digo, Vinny, que possa me ajudar...
Me dê um vinho, me dê um lar,
Sei que há putaria nesse lugar.

VI - Clube dos piratas

Vinny e eu começamos a conversar,
Passamos a noite comparando nosso modo de pensar,
Metafísica, física, química e outros abismos...
Era eu e Vinny, trocando idéias e idéias...

Vinny resolveu me deixar ficar,
Não pensou duas vezes, antes de me aceitar...
Tornei-me poeta da taverna...
Mais poemas que amigos...

- Como chama aqui, Vinny?
- essa é minha taverna, nome não decidi...
Quer me ajudar a escolher?

- Taverna de aventuras, como todo mar e toda mata
..." clube dos piratas... "
Pode ser??

VII - Lar atacado

Quase não tinha onde morar,
A mulher, muitas vezes, de casa, a me expulsar...
eu me perguntava " o que farei se não mudar? "
Mas uma noticia trágica estava no ar...

Alguns sobreviventes, vieram me avisar,
Que minha mulher foi pega...
Comedores de cabeça, comedores de nega...
Minha mulher morreu andróide, e morta, pois-me a chorar.

Oh, Vinny, isso não pode estar acontecendo,
Como agüentaria ver minha mulher morrendo?
Arrancaram dela o coração pequeno onde eu morava!

Por mais que, de casa, ela tivesse me expulsado,
Eu sempre voltava, e a teria protegido, se já tivesse voltado,
Ela nunca acreditou, mas só com ela eu namorava...

Sombras idilioniricas (clube dos piratas) IV - Lucas Jammal

 IV: bancando Jack Sparrow

 O mundo está perdido
e eu, mais perdido que o mundo...
to no abismo do abismo...
vestido de pirata, 
em uma taverna,
bancando o Jack Sparrow...
Vinny é o capitão gancho... 

Estou morto pra muita gente...
que realmente não sabe que eu existo...
 e no meio dessas máquinas, 
qual realmente existe?

Por onde anda o Peter Pan? 
E por onde anda Ziggy Stardust? 
E por onde anda minha ironia? 
Ah, está aqui, ao meu lado, 
perto do coração selvagem.

 Estou aqui, bancando o Tarzan, 
despreocupado em uma taverna, 
ouvindo Elton John,
com o Vinny bancando o rei leão. 

sombras idilioniricas (clube dos piratas) parte I - III - Lucas Jammal

I: introdução

Existem boatos sobre mim
rolando por aí...
sobre coisas que eu fiz,
mas os motivos são falsos!

Comedores de cabeça,
espalhando seus boatos,
com suas línguas de cobra
e dentes de vampiro.

E seus sensores sensitivos,
rastreadores de aura...
buscam a perfeição no mundo!
Transformando-o em algo absurdo

Tiram a alma do homem,
e colocam seus motores nos animais,
para que se possa ter a perfeição...
sempre trocam o coração,
por outro tipo de bateria...
e os cérebros, por memórias,
com pastas e arquivos.

II: o que eu posso fazer?

sinceramente eu não vejo lugar pra correr,
em todo lugar existe uma máquina tentando me deter...
andróides assassinos, capazes do amor absorver...
eles estão por toda parte, o que eu posso fazer?

os amigos que não matavam, transformavam em mais andróides assassinos,
os comedores de cabeça, caçavam os comedores de livros,
colocavam drogas no nosso alimento, para ficarmos iludidos,
uns são robôs, outros fugitivos, outros mortos e todos perdidos...

eu, um comedor de cabeça, com alma, enganado e engasgado,
tentando fugir pra todo lado,
explodindo cabeças com um revolver...
o que eu posso fazer?

III: Vinny e sua taverna

Não sabemos a força da gente,
até que só nos reste ser forte...
Vinny é um pirata doente
esta é sua sorte.

No topo de um barco-arranha-céu,
Vinny montava sua taverna,
não havia droga de máquina, na comida,
haviam bêbados com almas perdidas 
mas era um dos poucos lugares,
que, alma, ainda havia.
Ah! As almas se perdiam nesse bar.

Era essa a taverna que eu habitava,
tão bom era sentir uma comida estragada
e algumas almas que se sentiam condenadas...
mas ah! Ninguém da taverna se limitava.

Ninguém precisava se conter,
ninguém precisava morrer de amor...
todo mundo podia, livremente, beber
e buscar o tesouro em que habitava sua dor.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Flor esotérica - Lucas Jammal

Penso na Ana, 
pego uma caneta, 
você nem imagina, 
como adoro sua personalidade

Aninha! Corre sorridente, 
doente e biruta, 
não quero fazê-la puta, 
mas apenas, diferente. 

Quero mostrar meu amor, 
suspirar teu calor
e tua leve alegria...

Ah! Meu exórdio amor ambulante, 
lindo sonho delirante, 
com Ana e sua flor esotérica, cheia de magia!

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Sombras brancas - Lucas Jammal

Sombras brancas iluminam a cidade, 
sobre cada onda de mutilação...
em Marte, existe uma visão;
teatro até uma certa idade...

Rótulos de um vento amarelo... 
e pelo vento, passeia a princesa manca, 
não sei se ela percebeu sua sombra branca, 
mas soltou seus cabelos, para o sapo entrar no castelo. 

Sombras brancas de Marte, 
sombras brancas de arte, 
sombras da razão...

Sombras brancas da lua, 
sombras brancas tão nuas, 
sombras de um coração.

Te amo até demais - Lucas Jammal

Eu já vi você chorar, 
eu nunca vi igual...
parecia tão normal, 
voando pelo ar...

Eu nunca vi você tão triste...
tentando me fazer feliz
e meu coração sempre diz: 
" não desiste. 

Não me deixe pra traz, 
eu te amo até demais
não posso ouvir você dizer que não. 

O amor não tem fim, 
não posso te ver triste assim, 
já morei e sei, o quanto é quente o teu coração. 

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Homem é tudo igual - Lucas Jammal

Fui na cama, perder o juízo, 
joguei os pratos no quintal, 
seria ótimo, se não fosse um aviso...
homem é tudo igual...

Prometo com elegância!
Acabo no hospital...
tremenda intolerância...
 homem é tudo igual...

Homem é tudo igual, 
é só um ser mortal, 
que promete por engano...

Homem só pensa,
se tiver uma doença,
ou se não for um ser humano.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Seja você - Lucas Jammal

Você poderia ser mais dramática, 
deixar eu enxugar suas lágrimas, pelo menos por um dia...
mas você sempre resolve mudar...
fica tão linda e indiferente...
eu só pretendo vomitar...
você nem quer mais me bater...
uma pena que não é mais dramática...

Você poderia ser dramática,
não fugir de mim e explodir a minha mente...
dizer mais vezes que eu estou te matando...
fica tão linda e indiferente...
nem um dedo eu pude relar...
você nem quer me bater...
Uma pena que não é mais dramática

Ah, volte a ser dramática!
Daquele jeito que só você sabia ser!
Catarra tua matemática! 
Fica tão linda...
é uma pena que não usa drogas e não quer morrer... 
é uma pena que não venha chorar pra mim...
uma pena que não é mais dramática...

Bonito ou esquisito? - Lucas Jammal

Oh! Eu sou bonito, 
não é culpa minha, 
ninguém escuta o que eu falo... 
eu sou feio, 
não é culpa minha, 
ninguém escuta o que eu falo... 

O mundo estava cheio de emoção, 
enquanto estava se acabando, 
agora sem sentimentos
e ainda está se acabando, 
 parece até que já se acabou...
mas me disseram: " calma, está acabando! "

Oh! Eu sou bonito, 
eles querem saber a camiseta que eu uso, 
querem saber o que eu como
e o que eu uso, 
para escrever meus versos... 

 Oh, entre ser bonito e ser feio, 
tem poucas diferenças. 
Por isso, muita gente que é bonita, 
chora, se achando feia... 

" Ui, delicia! ", disseram pra minha filosofia, 
e para todos os meus traumas e tumores e rumores, rumos vingativos, 
todos felizes, em uma suruba... 
uma garota triste...
não lembro direito, estava bêbado de melancolia... 
só lembro que ela ficou brava comigo, 
por eu não ter avisado... 
eu disse 10 vezes ou mais...
e eu dizia: " eu te amo! " 
foi lindo!
Mas até que parecia que foi feio... 

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Nem todo mundo comeu meu bebê, antes de mim - Lucas Jammal

Eu nunca soube que seria assim, 
quando Luiz e Vitão rodaram suas bolsas, 
o mar e o Leblon levaram suas moças...
Nem todo mundo comeu meu bebê, antes de mim...

 Eu perguntei se alguém comeu...
" gostosa! " meu coração disparou,
todo mundo se embebedou,
mas no fim, ninguém respondeu...

 E eu disse, " Hey, querida,
vamos ver o rock suicida! "
Na cabeça, vertigem. 

 A minha sombra se apagou...
Oh, o meu amor me trocou, 
por um cara mais virgem.

Todo mundo me ama, menos ela - Lucas Jammal

Eu pego minha cama
e taco pela janela...
todo mundo reclama, 
menos ela. 
Todo mundo me ama, 
menos ela. 

Saio da zona Norte
e vou pra zona Sul...
me dêem boa sorte, 
o céu não é azul...
eu vou pra zona...
eu gosto dela...
todo mundo me ama, 
menos ela. 

Me dá mais um cigarro, 
não posso mais parar...
ta vendo meu carro? 
Não posso dar azar...
eu gosto dela...
todo mundo reclama...
todo mundo me ama, 
menos ela...

domingo, 5 de agosto de 2012

Sabor de veneno - Lucas Jammal

Sabor de veneno na boca, 
foi o beijo que ela me deu...
os demônios estão a solta, 
respirando o amor que morreu... 

Quem sou eu pra dizer, 
o que você não quer ouvir? 
O veneno espalhou em meu ser, 
o seu corpo eu posso sentir!

Sabor de veneno no ar, 
o cheiro que ela quis provocar, 
para ferir a minha razão... 

Sabor de veneno no peito, 
ela indesejou meu respeito, 
pra deliciar meu coração!

Tolos suicidas - Lucas Jammal

Desculpem, tolos suicidas, 
não posso mais esperar... 
 por mais feliz que sejam vossas vidas,
o quadro em frente do piano quer me escutar...

Vou parar de mentir para o espelho...
todas as janelas eu vou fechar... 
viver é só um conselho...
 não adianta mais me chamar...

Se quiser me encontrar, já sabe onde estou...
se quiser me esquecer, já sabe quem sou...
sou quem as estrelas faz assustar. 

Se sequestrar o meu tempo é a sua intenção... 
saiba que sou poeta, mas o meu coração
é só pra quem sabe amar.

Aquele garoto

Hey não é aquele garoto
Aquele que ouve Bowie?
Do blues ao psicodélico
Dos sonhos de outono
Ou de inverno
Nas noites de sábado ou de domingo
Chorando mesmo sorrindo
Embalados por aquela canção
O amor pequeno é veneno?

Ou verão
Ou o amor que é moderno?
O amor verdadeiro é eterno
Hey é aquele garoto
Nas noites frias
Nuvens obscuras
De um sonho cinzento
Procurando um poema
Voando com o vento

  De Candy Jones para Lucas Jammal

Tão triste.

Drugui/Druge
Triste
Assististes
Ouvistes
Houvestes
Tristes
Os sonos leves
E se desististes
Antes de tudo
Me avise.
Triste
Que não foi triste assim
O seu triste fim.
Por que tão triste?
Se ainda puro amor existe?
Lâmpadas
Idéias
Triste
Onomatopéia
Fim de ato.
Tristeza
Nobreza
Clareza
Quente
Carente
Crente
Ardente
Sorridente
Triste.
Só triste.
Por que tão triste?

Escrito por Gabriel Barros para Lucas Jammal.

sábado, 4 de agosto de 2012

Vida em Marte? - Lucas Jammal

 Rei, pai de Ana... (hey*)
quem eu gosto muito, por ser maluca...
 existe uma menina que diz,
 que não sabe o que Deus pode fazer...
e ela nunca irá ouvir o que tenho a dizer...
só coisas pequenas fazem dela feliz, 
como pequenos animais, 
pequenas músicas,
pequenos sentimentos,
e pequenas poesias...  
pequenas vidas em Marte...

Arruma-me um ser psicodélico
Não há, não há vida em arte...
Pode ser, Ana, pode ser...
 Não, não pode ser...
Pois nenhuma delas são de Marte...
Marte, Marte, Marte...
tem vida lá?
Eu que gosto de maluco...
fui no hospicio fazer meus amigos,
Fui no hospício arrumar uma namorada...
Mas lá parecia
Todo mundo tão igual
Todo mundo tão normal...
afinal, tem vida em Marte?

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Serenata ao Belo amor belo...

Ana, De novo nos encontramos!
E..."OOOOOOOOOOOOOOI" disse com a alegria do mundo
como posso ter estado tão profundo?
deixar o ciúme nos enganando?

Somos lindos, Aninha, somos lindos!
E não vamos deixar de ser,
só palavras não conseguem dizer...
Quero sempre te ver sorrindo!

E mesmo que mais tarde venha o fim
ou quem sabe um triste desenrolar
que eu possa me lembrar
que você está em mim
e eu em você.

Sou herói
um gentil
um senil.
E vindo
sorrindo
nos encontra
fervidos e lindos.

Somos lindos, somos lindos, Aninha...
Somos muito, muito lindos!
Por ruas e ruas vou te seguindo...
Chego atrasado pra aula....

Chego incomodado por sua sintaxe emocional
Sua síntese protecional
nossa beleza incondicional
tradicional
normal até que demais...
Seria loucura?
Amargura?
Ternura?

Fico com raiva,
dou um abraço
to de mal...
Não estou não, Ana...
Vamos passear...
Eu esmago sua cabeça sobre meus braços
a pirar, a pirar, Ana, a abraçar!
Pois Aninha, SOMOS LINDOS!
E eu não posso parar de te amar...

Somos Analauramente belos
figuradamente concretos
sinceramente abertos
e loucos (se é que já se podê),
Sermos lindos por você.

Loucos, loucos lindos loucos
somos nós, Ana, com certeza!
Malucos que suspiram a lucidez ao poucos...
Malucos Beleza.

Dignos de nobreza
esperteza
braveza
moleza
LINDEZA!

"-Eu ouvi lindeza?"
Pobreza de feiura!
Se fossemos feios, Ana,
Quem seria bonito?

Somos lindos porque somos loucos
somos loucos por sermos nós mesmos
por sermos amantes
amantes pensantes
filosóficos e estranhos...
Somos Lindos!

--------------- Escrito por: Lucas Jammal e Gabriel de Barros ----------------------------

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Serenata aurética pra Ana Laura - Lucas Jammal e Gabriel Barros

Aura aura doce aura
Se eu me chamasse Ana Laura
Seria uma rima, não seria uma solução
Aura aura doce aura,
Mais doce é o meu pé!

Laura da ardente alma
que anseia por calma
inebria-se de áurea
Ana Laura...
Nada mais poético
antiético
cético
acético
Não importa!
Basta eu ser eu
você ser você
e seremos felizes até ninguém mais querer.

Laura Laura doce Ana...
Deita na cama,
Não consegue dormir...
Laura, Laura, não sabe se é aura,
O que esta a sentir .

Será que o que sente é meu amor?
ou talvez o seu rancor?
por estarmos tão... sós.

Eu tenho medo de mim - Lucas Jammal

eu tenho medo de mim...
porque a vida é assim...
eu tenho medo de mim...
esse meu medo sem fim...
das coisas que eu posso fazer...
sem nem perceber...
pessoas que eu posso ferir, 
que eu sempre vejo sorrir...
que eu nunca vi chorar...
nem seus gestos sem ar... 
eu não consigo mudar...
não quero mais machucar...
eu tenho medo de mim...
eu tenho medo de mim...

Aura ruim - Lucas Jammal

Laura, Laura, Laura,
não queira me ver...
só mal poderei lhe fazer,
quando sentir a minha aura.

Sim, eu tenho uma aura ruim... 
Poderia até Deus mandar, 
alguém me sacrificar...
você faria algo por mim? 

Tenho medo de morrer, 
sempre desisto de viver,
sou de matar um sensitivo.

E qual poeta tem aura boa?
Se o poeta está sempre à-toa,
sofrendo, parado e pensativo...

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Adão tímido - Lucas Jammal

Eu preciso sair daqui!
Eu preciso sair daqui!
Eu preciso sair daqui!
Eu preciso ver o mundo ao redor!

Me sinto um Adão tão tímido, 
que nem Eva eu pedi pra Deus...

Eu preciso sair daqui!
Eu preciso sair daqui!
Eu preciso sair daqui!
 Eu preciso ver o mundo ao redor!

Antes ser louco,
do que ser indiferente! 

Eu preciso sair daqui!
Eu preciso sair daqui!
Eu preciso sair daqui!
Eu preciso ver o mundo ao redor!

Ao ver o mundo ao redor, 
eu sai sem meus amigos...
não soube como me comportar
e voltei pra casa, de novo... 

Eu preciso sair daqui!
Eu preciso sair daqui!
Eu preciso sair daqui!
Eu preciso ver o mundo ao redor!

Eu vi Eva em uma revista,
quando comprei, vi que fui enganado...
deveria ter pedido pra Deus...
eu nunca transei com ela
e ninguém nasceu... 
nem rezar eu sei!

Eu preciso sair daqui!
Eu preciso sair daqui!
Eu preciso sair daqui!
Eu preciso ver o mundo ao redor

Nunca tive muitos amigos... 
me sinto um Adão tão tímido, 
não soube como me comportar... 
 E a qualquer movimento que eu fazia, 
Eva parecia mais longe... 
sempre a se afastar! 
Nem rezar eu sei!

Eu preciso sair daqui!
Eu preciso sair daqui!
Eu preciso sair daqui!
Eu preciso ver o mundo ao redor!

Nem rezar eu sei...