I: introdução
Existem boatos sobre mim
rolando por aí...
sobre coisas que eu fiz,
mas os motivos são falsos!
Comedores de cabeça,
espalhando seus boatos,
com suas línguas de cobra
e dentes de vampiro.
E seus sensores sensitivos,
rastreadores de aura...
buscam a perfeição no mundo!
Transformando-o em algo absurdo
Tiram a alma do homem,
e colocam seus motores nos animais,
para que se possa ter a perfeição...
sempre trocam o coração,
por outro tipo de bateria...
e os cérebros, por memórias,
com pastas e arquivos.
II: o que eu posso fazer?
sinceramente eu não vejo lugar pra correr,
em todo lugar existe uma máquina tentando me deter...
andróides assassinos, capazes do amor absorver...
eles estão por toda parte, o que eu posso fazer?
os amigos que não matavam, transformavam em mais andróides assassinos,
os comedores de cabeça, caçavam os comedores de livros,
colocavam drogas no nosso alimento, para ficarmos iludidos,
uns são robôs, outros fugitivos, outros mortos e todos perdidos...
eu, um comedor de cabeça, com alma, enganado e engasgado,
tentando fugir pra todo lado,
explodindo cabeças com um revolver...
o que eu posso fazer?
III: Vinny e sua taverna
Não sabemos a força da gente,
até que só nos reste ser forte...
Vinny é um pirata doente
esta é sua sorte.
No topo de um barco-arranha-céu,
Vinny montava sua taverna,
não havia droga de máquina, na comida,
haviam bêbados com almas perdidas
mas era um dos poucos lugares,
que, alma, ainda havia.
Ah! As almas se perdiam nesse bar.
Era essa a taverna que eu habitava,
tão bom era sentir uma comida estragada
e algumas almas que se sentiam condenadas...
mas ah! Ninguém da taverna se limitava.
Ninguém precisava se conter,
ninguém precisava morrer de amor...
todo mundo podia, livremente, beber
e buscar o tesouro em que habitava sua dor.
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