Se pudesse a Maria, se vazia,
se à pequena insensatez da poesia,
se satisfaz mais uma vez, se a dita fria,
se alegrar com a canção, se a alegria,
se formar de Maria, se o todo a via,
se quando ela se maquiava fantasia,
se pro teatro ela iria, se desfazia,
se no palco, ao lado dela eu ficaria...
Se pro teatro de pornografia,
Maria, comigo poderia,
se eu entrar, como ela pretendia
e se ela quisesse, como eu sempre prometia,
deixar abrir, pra me mostrar o que mostraria,
se já abrisse, se quando eu visse ela abriria,
se por ventura, ela até se admitiria,
se deste amor ela jamais se demitiria...
Se eu fosse o sol, ela jamais se acordaria,
se por espera de um amor, esperaria,
tão delicada à pele, a flor, eu tocaria,
eu colheria, beijaria, cheiraria, eu entraria,
e então o sentimento pausaria,
até Maria vestir-se de novo e sairia...
e aos meus sonhos sentidos, com ela eu voltaria...
E se ela me chamasse outra vez, eu ia!!
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