Se eu não fosse assim, vazia,
e pudesse ser o que não fui,
quem sabe se a minha poesia,
me tiraria dessa cruz?
É antes do ópio que a luz me apodrece,
nesse vestido, em vão, belo,
nunca tive sonho, nunca tive prece,
é sempre o mesmo submarino amarelo...
Se tive sonho, só te vi sonho...
Em preto e branco, sem esperança,
não sinto nada, em qualquer lembrança...
Volto ao vazio do meu vestido
novo. Mas meu marido
nem se dá conta. É tão risonho!
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