sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

 Corredor de botas,

Digo, de meda! 

Baralho! 


Esse corredor 

Me faz passarinho vergonha 

Com meu amador! 

Parece atenção que fumeiro maconha! 


Tô na lua,

Mas já tô chegando em asa! 

Ele me disse: " ela tá tão na rua! 

Vai nessa, é só ter casa! " 


Mas eu tô muito garotinho,

Preciso prender barriga,

Quero fisgar com tanquinho! 

Vai ver assim ela se amiga! 


" Pra emagrecer, 

tem que comer safada

E ir no parque, comer,

Nao adianta só fazer caniçada! " 


Corretor desagrado! 

Brigadeiro fora de amora! 

A hora ela acha que sou tratado! 

Quero teu fim, aurora!! 


" Corredor de botas " - Lucas Jammal

sábado, 6 de junho de 2020

Democracia - Lucas Jammal

E eu declaro disparada,
A corrida da psicopatia,
De uma nação abandonada,
Pela maldita democracia!

Os gados, todos, iludidos,
Achando que são representados,
Votando sempre arrependidos,
Feito grandes retardados!

País sem rei
É país sem lei!
É só por Deus!

Presidente é um rei mudo,
Que depois de roubar tudo,
Sorri e diz adeus!

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Estude pra caralho - Lucas Jammal

Estude pra caralho, E enfia o caralho no cu, Enfia o caralho no currículo, E se arrume, arrogante, pra entrevista... Mostre que você é superior, Porém, com a bunda exposta para a empresa, Enfia o caralho na comunicação verbal, Use palavras educadas, em outras línguas... Seja fluente em francês, Fale mal do Brasil E torture os concorrentes. E estude. Até ficar demente. Venda teu corpo e tua alma, Você pode até ser pobre, Mas se for branca e bonita, Valerá alguns trocados... E depois que conseguir, Chame os desesperados de vagabundos, Tente ser motivacional E enfim, me mate, de rir...

Apito de cachorro - Lucas Jammal

Fodeu!
Eu tenho introlerância à lactose,
Eu tenho intolerância ao Coliseu,
Eu tenho intolerância à osmose,
Eu tenho intolerância!

Fodeu!
Hoje eu apitei pro meu cachorro,
Hoje eu apitei pro meu Morfeu,
Hoje eu apitei pro teu encorro
Hoje eu apitei!

Apito de cachorro, apito,
Apito de cachorro, apito,
Apito de cachorro!

(...)

Fodeu!
Fui eu, eu causei a violência,
Fui eu, em vão, quem prometeu,
Fui eu, eu libertei vossa demência,
Fui eu!

terça-feira, 2 de junho de 2020

Coxinha de mortadela - Lucas Jammal

No meio da guerra, os dois lados me atacam...
Chamando de isentão!!!!
Em teus punhos de ferro, eles me matam,
Me tiram desse mundo sem noção!!

Me moem, em punhos, até eu virar
Uma coxinha de mortadela!
Depois, eles resolvem me queimar
Junto com a Mariela!!!

Meu corpo moído, eles resolvem vender,
Para a pança de fascistoides, abastecer!

Essa carne gostosa que eu almoçava,
Nem sabia que era feita de mim...
Ao canibalismo, o governo reciclava,
E assim, a matança jamais teria fim...

Janela conservadora - Lucas Jammal

Temperaturas extremas
Se comunicam comigo!
Se temperaturas fossem poemas,
O poeta seria meu grande inimigo.

Papagaios gritando " Lula Livre! "...
Disfarço, tomando leite desnatado
E me deleito em um céu delivre...
Mas apito, pro cachorro tarado:

" Sigam-me, eu estou trabalhando! "
Sem saber que estou atrapalhando...
" Está na hora de implementar a Monarquia! "

Pro calor maldito passar, eu abro a janela,
Barulho maldito, batedores de panela!
Frio que arrepia, da vadia poesia...

Poema pra matar a saudade da companheira Dilma - Lucas Jammal

O sol é o sol,
A mandioca é a mandioca
E o milho é uma comida,
Assim como a mandioca.

A mandioca fica boa
Em um prato de feijoada...
Que já foi comida de escravo...
O que é uma coisa interessante!

O milho, ele foi importante,
Pra humanidade e pro espaço,
Que não é o planeta Terra.
A Terra, ela é... a gente vive nela.

E como diria o poeta:
Cinco pra dezessete dá treze...
E sempre que, uma criança...
Um cachorro...

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Eu faço o que eu quero - Lucas Jammal

Eu não tenho asperger
Por conta dessa poesia...
Eu nunca fui estudado
Pelo deus da anatomia...

Eu sou angustiado,
Pois o tempo é agonia!
Eu fico desmaiado,
Sem nem motivo, eu?

Nada que eu faço
Faz fazer algum sentido,
Danço em um abraço...

Se não for abraçado,
Eu nem quero dançar...
E eu faço o que eu quero.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Like I love you - Lucas Jammal

I feel again...
Like I love you...
As the world is something true... 
But I can't be sure...

I love my friend...
And I love you...
And the world is something new, 
But it can't be real...

Oh, my love...
hug my soul, 
Put a glove
in my goal...

Every day that I look at you
It is a nightmare to see you're not here...
Every day that I look at you
I forget that I should feel fear... 

I love my phantom... 
And I love you... 
And the flat world is running around my face...
And the fat birds are swimming in the space.

White Spot - Lucas Jammal

I can listen to you now, 
For the things that you said, 
You are letting me go down, 
anyway... 

Something around me, 
Something to feel, 
Something that can't be... 
can't be real... 

We are coming together, 
Forgoing forever, 
To hell and heaven... 

Cause sounds in the wall
Are making we fall 
For seven eleven... 

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Linhagem de influência - Lucas Jammal

O uso disso tudo é de extrema tendência,
E foi dispensada a propensão da experiência,
Que foi anulada, no meio da ciência,
Que foi negada, pela cética inocência...

Cada mundo que se declara mundo,
Hoje se aprofunda, no mais fundo
Buraco afundado qual me afundo...
E acordado, eu acordo e me confundo...

É que a tendência da tua aparência,
Ultrapassa toda linhagem de influência,
Em um mundo resumido em negligência...

Cheio de almas que transam com a carência,
Agarradas até os dentes com o absurdo,
Das palavras belas de um cantor surdo...

sábado, 16 de maio de 2020

Poema morto - Lucas Jammal

Tento fazer um poema ruim, por humildade,
Mas Deus não deixa, na minha mão, ele grita...
Um Deus gótico, lírico, se excita,
Por uma escrita de verdade...

A vaidade é o auge da humilhação...
Foi a morte quem criou o amor...
O abismo é o negacionismo em vão...
Só existe egoísmo quando não se sente a dor...

Esse poema é ruim, mas os outros não,
E eu não duvido que ninguém venha ler...
Como ninguém vai ouvir, também não transformo em canção...
Ah! Esse poema meu que nem vai viver...

Inverno de Sara - Lucas Jammal

Aquele tesão inexplicável,
Que só quem é cínico entende bem...
Foder com toda mente instável,
Até não sobrar mais ninguém...

E é um estupro tão gostoso da mente,
Um abuso de revolução...
O inverno de Sara, que almoça com a gente...
E no meu saco ela coloca seu limão...

De noite, um gado sagrado resolve miar,
Pedindo, feito leão, pelo regime militar,
Pra essa geração nutella, criada com leite...

Leite com pêra, ovomaltine...
Nesse país, o que importa é ter um time.
E o poeta... é só de enfeite...

Perdendo muito tempo - Lucas Jammal

Estou perdendo muito tempo
Mais uma vez, de novo,
Maldito pensamento,
Que vive em um ovo.

Voando cada momento,
Me encontro em um covo,
Caranguejo e jumento,
Escondido do povo...

O tempo todo, vou perdendo
Tempo. Quando não estou vendendo,
Estou gastando ele de graça!

O tempo é apenas uma cortina de fumaça...
E eu vivo doando tempo pra minha canção,
Já que um dia, ela irá viver e eu não...


Voltando a escrever - Lucas Jammal

Vamos voltar a escrever
O que vier na cabeça,
O que não pode ser,
E o que não pode, que aconteça...

Que aconteça por aqui, afinal,
Por aqui, tudo pode,
Até o que é anormal...
Pode até Depeche Mode...

Pode até se esconder na escuridão,
Se é lá que está o teu coração
E é lá que você pode respirar...

Eu me acalmo de tanto angustiar,
Pois a angústia é sinal de se informar,
E depois que eu me informo, eu já posso circular...

Cassino colorido - Lucas Jammal

Vamos menino, você está em um cassino colorido,
Dentro de teu corpo rural, há uma legião urbana,
Venha para a cidade, correr pra ser mais um esquecido,
Venha se desfazer de uma vida mais humana.

Vamos menino, esse é teu destino,
Você precisa morrer pela economia,
Mas não te deixo morrer pela poesia,
A falta de cor difere a vida do cassino.

Menino, não chore, você está cantando,
E não desafina, mesmo eu te enforcando...
Você joga bem o jogo da vida mística...

Mas esqueça a vida. É hora de morrer,
Mas antes cante o hino, sem se esquecer,
Que tua morte será por uma causa artística.