quinta-feira, 28 de maio de 2020

Eu faço o que eu quero - Lucas Jammal

Eu não tenho asperger
Por conta dessa poesia...
Eu nunca fui estudado
Pelo deus da anatomia...

Eu sou angustiado,
Pois o tempo é agonia!
Eu fico desmaiado,
Sem nem motivo, eu?

Nada que eu faço
Faz fazer algum sentido,
Danço em um abraço...

Se não for abraçado,
Eu nem quero dançar...
E eu faço o que eu quero.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Like I love you - Lucas Jammal

I feel again...
Like I love you...
As the world is something true... 
But I can't be sure...

I love my friend...
And I love you...
And the world is something new, 
But it can't be real...

Oh, my love...
hug my soul, 
Put a glove
in my goal...

Every day that I look at you
It is a nightmare to see you're not here...
Every day that I look at you
I forget that I should feel fear... 

I love my phantom... 
And I love you... 
And the flat world is running around my face...
And the fat birds are swimming in the space.

White Spot - Lucas Jammal

I can listen to you now, 
For the things that you said, 
You are letting me go down, 
anyway... 

Something around me, 
Something to feel, 
Something that can't be... 
can't be real... 

We are coming together, 
Forgoing forever, 
To hell and heaven... 

Cause sounds in the wall
Are making we fall 
For seven eleven... 

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Linhagem de influência - Lucas Jammal

O uso disso tudo é de extrema tendência,
E foi dispensada a propensão da experiência,
Que foi anulada, no meio da ciência,
Que foi negada, pela cética inocência...

Cada mundo que se declara mundo,
Hoje se aprofunda, no mais fundo
Buraco afundado qual me afundo...
E acordado, eu acordo e me confundo...

É que a tendência da tua aparência,
Ultrapassa toda linhagem de influência,
Em um mundo resumido em negligência...

Cheio de almas que transam com a carência,
Agarradas até os dentes com o absurdo,
Das palavras belas de um cantor surdo...

sábado, 16 de maio de 2020

Poema morto - Lucas Jammal

Tento fazer um poema ruim, por humildade,
Mas Deus não deixa, na minha mão, ele grita...
Um Deus gótico, lírico, se excita,
Por uma escrita de verdade...

A vaidade é o auge da humilhação...
Foi a morte quem criou o amor...
O abismo é o negacionismo em vão...
Só existe egoísmo quando não se sente a dor...

Esse poema é ruim, mas os outros não,
E eu não duvido que ninguém venha ler...
Como ninguém vai ouvir, também não transformo em canção...
Ah! Esse poema meu que nem vai viver...

Inverno de Sara - Lucas Jammal

Aquele tesão inexplicável,
Que só quem é cínico entende bem...
Foder com toda mente instável,
Até não sobrar mais ninguém...

E é um estupro tão gostoso da mente,
Um abuso de revolução...
O inverno de Sara, que almoça com a gente...
E no meu saco ela coloca seu limão...

De noite, um gado sagrado resolve miar,
Pedindo, feito leão, pelo regime militar,
Pra essa geração nutella, criada com leite...

Leite com pêra, ovomaltine...
Nesse país, o que importa é ter um time.
E o poeta... é só de enfeite...

Perdendo muito tempo - Lucas Jammal

Estou perdendo muito tempo
Mais uma vez, de novo,
Maldito pensamento,
Que vive em um ovo.

Voando cada momento,
Me encontro em um covo,
Caranguejo e jumento,
Escondido do povo...

O tempo todo, vou perdendo
Tempo. Quando não estou vendendo,
Estou gastando ele de graça!

O tempo é apenas uma cortina de fumaça...
E eu vivo doando tempo pra minha canção,
Já que um dia, ela irá viver e eu não...


Voltando a escrever - Lucas Jammal

Vamos voltar a escrever
O que vier na cabeça,
O que não pode ser,
E o que não pode, que aconteça...

Que aconteça por aqui, afinal,
Por aqui, tudo pode,
Até o que é anormal...
Pode até Depeche Mode...

Pode até se esconder na escuridão,
Se é lá que está o teu coração
E é lá que você pode respirar...

Eu me acalmo de tanto angustiar,
Pois a angústia é sinal de se informar,
E depois que eu me informo, eu já posso circular...

Cassino colorido - Lucas Jammal

Vamos menino, você está em um cassino colorido,
Dentro de teu corpo rural, há uma legião urbana,
Venha para a cidade, correr pra ser mais um esquecido,
Venha se desfazer de uma vida mais humana.

Vamos menino, esse é teu destino,
Você precisa morrer pela economia,
Mas não te deixo morrer pela poesia,
A falta de cor difere a vida do cassino.

Menino, não chore, você está cantando,
E não desafina, mesmo eu te enforcando...
Você joga bem o jogo da vida mística...

Mas esqueça a vida. É hora de morrer,
Mas antes cante o hino, sem se esquecer,
Que tua morte será por uma causa artística.