conclusão - Lucas Jammal

por que eu sinto tanto essa música?
por que eu sofro cada verso como se fosse meu?
E escrevo versos sobre problemas dos outros, como se fossem meus?
eu quero escrever sempre sobre você
mas sempre sinto que já escrevi
sinto que sou um poeta, mas não sou...

muitos que te olham...
são apenas pessoas...
pessoas que te querem só quando você está namorando
pessoas que só tem dó de você, quando você tem dinheiro
pessoas que são estranhas quando você é estranha...
mas eu te amo de verdade
e não importa o que ninguém diga,
não importa o que ninguém faça,
eu sempre vou amar você!
Pois esse é o nosso amor eterno
e é isso que importa.

nem sempre eu consigo te ver,
nem sempre eu consigo falar...
nem sempre consigo ter tudo que eu quero,
mas eu tenho você
e isso é tudo.
Meu sonho,
minha vida,
meu amor, minha amada.

pode falar - Lucas Jammal

estou tão escondi---------do ^^^^^^^^^&&&
quand o a ge nte se en con t r ar
999990------000009999-----8888888999----
estou ... e ... e ... e ... e ... e ...
per---di--do em al--gum lu-------gar

eu que----ro fa----/laaaar
co-----m vo-------cê
é liga------------------do
obrigado,
desligado...
contornado...
digo... me abraça!

eu olho para um la------do e para o outro
eu fico sozinho...
você olha pra ci---------------------------ma
e vê uma p_e-d_r-a...
eu estou aqui!
o/
e----------------------------------> n
s----------------------------> e
c---------------------> s
o--------------> s
n--------> e
di---->
do-->
------abismo-----

Nev3r_left_M1nd - Lucas Jammal

eu vi uns câncers por ai,
tomando conta da rua...
eu vi uns câncers por ai,
fumando na lua

andando de lado...
com drogas das mais pesadas na mãaaaaaaao

andando de lado...
de mãos dadas...
com drogas das mais pesadas na mãaaaaaaaao

eu vi uns câncers por ai...
correndo com a minha mão...
eu vi uns...
esses nóia tio... ah não!

eu vi uns câncers por ai...
fumando com a minha mão...
eu vi o Bob por ai...
que zica, viu, ah não, ai!

na cabeça do meu vô,
na sua
e na minha cabeça também
eu vi uns câncers por ai!

Hey Foxymophandlemama, That's Mel (to PJ)

Hey Foxymophandlemama, That's Me,
I'm in even flow...
I'm in hidding!
in all Those Yesterdays,
so push me pull me
it is evolution, baby!

no way, I'm mine!
It is a black faithful...
it is evolution, baby!
the speed of sound is a Unthought Known
so, just breathe...
I got some if you need it...

I'm thumbing my way back to heaven
oceans deep garden
Why go home?
It is evolution, baby!
I'm gonna see my friend
all Those Yesterdays

o tímido dionisíaco- Lucas Jammal

Eu sou tão tímido, minha garotinha,
tímido de mais pra não ser assanhado...
quando eu vejo, minha garotinha...
eu sou tímido de mais, pra não ficar pelado...
eu não tenho a sua vaidade...
eu só tenho a minha vaidade...
e eu não tenho a sua vaidade...
e se não tem a minha vaidade...

Eu sou tão tímido, minha garotinha...
tímido de mais para ficar parado...
eu sou tão tímido, minha garotinha...
tímido de mais, pra não ser ousado...
eu sou muito pra essas garotinhas...
que nem me vê passando por ai...
eu sou o sonho dessas garotinhas...
mas elas nunca irão descobrir!

eu sou tão tímido, minha garotinha...
tímido de mais, pra te dizer...
eu sou tímido de mais, minha garotinha...
timido de mais, para ficar sem te comer...
tímido de mais, para não se divertir,
tímido de mais, para não se introverter...
tímido de mais, para não sonhar alto
tímido de mais, para ficar sem você...

a última tesão - Lucas Jammal

eu bati em você,
você sorriu,
dor dá tesão!
Eu fui castrado,
que tesão!
Foi a última tesão,
mas foi tesão!
Dor dá tesão...
você pulou da janela...
foi a última tesão...
você me dá tanto ciúme;
me dá tanta tesão!

sad funk - Lucas Jammal

quando eu não consigo te ver...
ah, eu me sinto um idiota...
no lugar dos olhos tenho dois buracos...
posso te proteger de mim?
Calma, ta tudo bem...

Eu não tenho essa carinha fofa...
existem os magos
e existem os poetas...
e existe eu...
Calma, ta tudo bem...
eu vou ficar bem...
posso te proteger de mim?

Tão lindo é seu bocejo...
durma bem, meu bem...
enquanto eu ajoelho ao lado da sua cama...
e quando o buraco preto fica vermelho?
e quando o buraco preto fica azul?
Calma, ta tudo bem...
eu vou ficar bem...
Ela está latindo para o meu espírito...
posso te proteger de mim?
Você virá amanhã?
Mas o amanhã não virá...
ah, meu amor...
deixe-me vê-la, por favor...

(cRazie_FART)♀ - Lucas Jammal

Total Flex, um homem carnívoro,
ou vegetariano, eu nunca sei dizer,
Total Flex, na escola respeitado,
mas em sua casa, não...
quem pode entender?
E São tantas metáforas!

Total Flex, garoto assustado,
em casa, os pais brigando,
queria se esconder...
Total Flex, era tão diferente,
no meio de tanta gente
que nunca iria poder entender...
e são tantas metáforas!

Total Flex, não sei se é ironia,
não sei se é poesia,
eu já não sei dizer...
Total Flex, o sol adormecendo,
a lua vem gemendo,
todo mudo vai ver!
E são tantas metáforas!

PsY-cho_Fl0wer - Lucas Jammal

c4minhava c0ntra a cama,
Psy-ch0_Fl0w3r,
escut@va-me diz-end o
que eu não tinha nada mais com ninguém...
e eu sou o passarinho que n4mora essa fleur!
M4$ cadê o s3u jardim?
PORQU0I?

3u...
3m uma as4, uma beng4la,
n0 bic0, um ch4péu...
eu procurava,
Psy-cho_Fl0w3r,
d&lir4nte,
suspirando em um céu de diamantes...
sua semente era azul
e eu colhia sangue quente...

eu sou um Rud3_boy ou RubyB1rdy...
e o céu de criptonita...
e eu fico pensando nela...
escutando o cheiro...
a sua voz me toc4...
e que aperto no p3ito!
3stou r3gando PsY-cho_Fl0wer, com minhas lágrimas...
pintando a fleur da fleur, com um molho branco, chamado Alice,
nessa sala ch3i4 de pássaros e flor3s.

esse poeta... - Lucas Jammal

por onde ele passa, todo mundo suspira,
este modesto garoto, chamado Lucas Jammal
Um grande poeta, segundo ele mesmo
um grande mesmo, segundo ele poeta

com versos lindos e inspirados,
encantado com tudo que vê,
mas apenas por uma mulher apaixonado,
sua amada Amanda...
ele sempre fica pensando (nela)
e perde a vez de falar (com ela)
mas eles se amam, druguis,
não amam, Lucas Jammal?
Sim, nos amamos e muito!

Como dói estar longe do amor...
como dói querer encontrar...
mas... mas...
como é bom amar! (e ser amado)

Normal - Lucas Jammal

Sorrindo a teu lado,
sem poder te ver,
chorando, agarrado,
olhando sem poder

pai...
sogro...
e o caminho...
tudo tão natural
e eu não posso ver

quem fica me olhando,
nesse celular...
e eu não posso sentir...
e eu não posso tocar...

Mãe...
e a mãe, aonde vai?
E qual o olhar
que pode se conter
e eu não posso ver?
E qual o olhar
que pode ver
e eu não posso conter?

Se faço errado - Lucas Jammal

se faço errado
sou vingado
se faço certo
sou vingado
se fico calmo
sou vingado
se fico bravo
sou vingado
se me vingo
sou vingado

o que eu faço,
se faço errado?
E se eu pudesse
ouvir a gente,
focava em nada?

Se eu mais faço
faço feito
com palavrão
com despeito
mas sempre com respeito.

Lua morena - Lucas Jammal

Nua, serena,
lua morena,
Amanda, minha pequena,
pousando no meu coração

Ilumina minha noite,
apagando a luz,
deixando tudo mais escuro
em segurança,
durmo rápido...
penso em você ao meu lado.

Vela violeta, sem entrar no rosto
e passa direto pelo sonho e vida
Lua morena, luz, cheiro e toque...
saudade imortal
converso com a luz...
fecho meus olhos...
abro meus olhos...
e continuo sonhando

Tempos Modernos - Lucas Jammal

Uma ilusão brota em meus olhos...
será uma flor?
mas uma flor...
tudo tão robótico e acelerado,
que eu nem consigo dizer...
e você sofre, automaticamente
e o meu medo...
eu quero falar com você...
então eu ligo minha placa,
começo a ferver, com todo meu pseudo-sangue...
o coração de máquina,
sobe na garganta...
e " bip bip " alguém te chama no msn...
eu tô ligado, eu tô ligado
eu sou um auto-falante,
efusivo e tímido...
ou seja, curioso e criativo...
mas ainda, maquina,
filho de máquinas...
que tremendo, liga a máquina mãe,
pra falar com outra escrava de máquinas...
denominada " minha amada ",
com fotos artificiais,
artes artificiais,
olhos artificiais...
...e tempos modernos.

o poeta - Lucas Jammal

O poeta pode ser bom com as palavras...
como pode ser ruim nas atitudes,
morador de um necrovale de dentro...
você pode tentar dar uma lição a ele...
mas ele não sente dor...
ele não tem coração
pois perdeu, desatento, na sua infância...

Tímido, romântico,
e dotado de poucas iniciativas,
o poeta fica no seu mundinho...
ou voa até o céu e pega o verso,
ou do céu, o verso cai nas suas mãos...

O poeta, esse ser, cheio de aflição
de amor dormente
e sentimento ausente

O poeta, poeteiro,
ejaculador de palavras como estas...
nunca precoce...
nem as palavras...
... nem o poeta.
E são sempre jovens crianças adultas!

desassanhos - Lucas Jammal

eu desassanho
tu desassanhas
ele desassanha
nós desassanhamos
vós desassanhais
eles desassanham

Depois de muito tempo,
há um mar de desassanhos,
raramente é um mar virgem...
e está lotado de gente, normalmente...
de tanta dor, havia gente rindo,
de tanta dor,
não há mais...

Escrevi desassanhos...
senti primeiro o pessoal rindo comigo,
depois rindo em mim,
depois rindo de mim...
ela desapareceu como em um instante...

a tática de comer sobremesa antes do jantar - Lucas Jammal

não acredite, nem duvide de nada...
nem na tática de comer sobremesa antes do jantar...
fiquei trancado para fora da porta de casa,
junto com quem não tem casa...
penso que estou escrevendo,
mas penso...
e não estou escrevendo...

cheguei em uma favela...
sou sonolento...
mas se eu fosse um rei romântico, me sentiria ainda mais esmagado,
por essa montanha de barracas,
uma em cima da outra...
então me veio um sentimento...
foi então que eu perguntei:
" onde está Castro Alves? "
então tirei um livro da mochila...
sinto que estou escrevendo,
mas sinto...
e não estou escrevendo...

ontem eu não escrevi nada...
ontem eu amei tão inerte...
eu não falei com ela...
eu deitei em uma árvore,
depois deitei na minha mochila...
só Deus entende...
sonhei que escrevia...
acordei para escrever,
mas esqueci o que escrevi...
sonho que estou escrevendo,
mas sonho...
e não estou escrevendo...
mas será que em meu sonho
tem alguém lendo?
Se em meu sonho escrevi,
vou escrever o meu sonho...

a obra do sono - Lucas Jammal

sono é obra da punheta,
sono é obra do banho,
sono é obra da comida,
sono é obra da Amanda,
sono é obra da vida

Sono é vida!
Sono é a obra da matéria
e essa matéria é: " a obra do sono! "
sono é obra de deitar na cama, pensar no seu amor e dormir...
mesmo com o seu amor no lado...
querida, vamos acordar?
Tá melhor?
Eu te amo!
Queria poder te beijar...
mas, com esse mundo sombrio em que me encontro...
e a gente não pode
e a gente precisa...
olhamos um para a cara do outro
o que estamos esperando?
Um está esperando o outro, responde Bog, assistindo...
e a gente se assusta quando ele fala...

sono é obra da tristeza,
sono é obra da alegria,
sono é obra do frio,
sono é obra da mente cansada,
do corpo com frio,
da luz apagada...
sonho é o momento em que me encontro com você,
em uma outra realidade...
sonho é eterno...
é o desejo de que esteja para sempre do meu lado.

A pinga e o café - Lucas Jammal

A amizade acaba em cores, (vida)
as chuvas são vermelhas, (morte)
tudo é jogado fora, (sonho)
portanto guarde suas cartas de amor.

eu matei... (seu)
é o dinheiro!
eu salvei... (meu)
é o dinheiro (nosso)

e é o dia inteiro (lua)
eu entro na sala ao lado,
e de todos os desgraçados,
serei o primeiro (sol)

suposto adultério - Lucas Jammal

eu sou chifrudo, chifrudo, chifrudo!
Como o capeta é!
Ou será que sou apenas...
um homem ciumento?
Um Dom Casmurro?

És amante virtual, Machado?
Então é Capitu!
Pergunte ao Luiz Tatit...
primeiro, ninguém chora por você...
segundo, trio de efeitos...
terceiro, se é amante virtual não tem como vê
se tá traindo ou não...

E condenado seja o fim do adultério!
junto com o fim da mente humana,
que agora vende amor...
condenado foi o fim do romantismo,
o fim do realismo e do naturalismo,
o fim do surrealismo...
e pobres são as mulheres condenadas,
antigas, com suas xanas lacradas,
que ao quebrarem a corrente, ficam escancaradas!

na bunada de Ana Maria - Lucas Jammal

Ana Maria, o nome da sua professora de inglês...
desconheço...
Ana Maria... talvez um pouco braga...
talvez um pouco brega...
ou pra lá de bagdá...
não é muito supimpa...
é lá do balacobaco,
mas pra mim monta um barraco...
e é ai, samba lê lê...
me manda fazer um auê...
no meio de um Jabaculê...
veio-me outra Ana, rainha do borogodó...
tudo isso em ré menor...
Se eu já te esqueci?
mas eu apenas lembrei,
que não tem como não esquecer...
e eu não posso bater em você...
e ainda disse que tem ódio no coração,
com toda moral e razão...
Ah, Ana, vá se fudê...

gru denta - Lucas Jammal

Hey, você é grudenta no seu namorado?
E vai deixar seus amigos de lado?
Ou só eu?
Só eu? Ah, então tudo bem, eu acho...
eu sou negativista, lembra?

Já se sentiu com um pau necrosado?
Eu estou deprimido...
E vai deixar seus amigos de lado?
Ou só o que não tem um braço?
Ou só o que ainda irá perder algum membro?

Hey, tá todo mundo apaixonado...
eu olho pra cima e começo a gritar:
" Filhos da puta! "
vocês levaram a sério...
mas a vida é uma grande piada!
Estamos rindo, não estamos?
Estamos mortos, não estamos?

Negativismo - Lucas Jammal

Jesus! Lhe jogo um tema!
Alegria é meu dilema!
Meu dilema dramático...
estuprou minha amiga, que eu sei...
estuprou no sonho dela!
Se você fosse por mim, Jesus, seria fantástico!
E quando vi, Jesus, você e ela,
caminhando, lado-a-lado, com as ovelhas,
pensei não ter visto...
mas vi, portanto, não acreditei...
sim, eu é que não acredito em nada que vejo...
que minha amiga imaginária,
é mais real que os dois, Jesus,
por mais que todos chorem na cruz...

O poeta é um filho da puta! - Lucas Jammal

Sem nada privado,
sem nada pra fazer,
eu escrevo alguma coisa ruim,
para desabafar...

o poeta é um filho da puta.
É feito de uma falsa alegria
e chora em vão...
uns tem seus corações esmagados,
outros esmagam alguns corações,
outros nem um nem outro...
é evidente que alguém seja filho da puta, com um poeta...
mas o poeta...
o poeta é um filho da puta.
Não há ser mais filho da puta que o poeta...
completos comedores de chocolate
e não comedores de chocolate...

O homem ama,
a mulher ama,
todos os animais,
as plantas, as máquinas,
os mortos,
os psicopatas
os maiores vilões do universo,
o universo,
tudo que existe e não existe,
tudo, todos, todos amam!
Menos o poeta.
Todo filho da puta ama, se não for poeta...
o diabo ama,
até Deus ama,
mas o poeta não...
por isso escreve (mal)

Uma coisa é ser ator,
outra é ser poeta...
uma coisa é ser maluco,
outra é ser poeta...
uma coisa é ser punheteiro,
outra é ser poeta...
uma coisa é ser garanhão,
outra é ser poeta...
uma coisa é ser vagabundo,
outra é ser poeta...
uma coisa é ser um gênio,
mas se for poeta,
é com certeza filho da puta.