sábado, 23 de outubro de 2010

Ana imaculada

não permita Deus que eu vá para o inferno,
antes de dar um abraço em Ab Aeterno...

somos tão jovens...
e sempre seremos,
estamos aqui, com Ab Aeterno,
o sonho faz parte da vida
O sonho é eterno,
a parte eterna, eterna de chama,
de chama velada,
que nunca se apaga.

estão todos aqui!
Oh, Ana Imaculada!
menina acordada,
luz do sol, sobre a garota preguiçosa,
lá na terra dela, tem príncipes encantados!
Mas eu tenho medo de chegar e acabar...
bom, mas eu sempre posso...
e vocês sabem que quando eu...
bom mesmo é dividir os sonhos!
Um grande palácio branco e o Pégaso!

Aprendi a tocar mesmo fantasiado de burro,
jogaram fora a minha fantasia,
fiquei assustado!
me senti pelado!
E eu estava pelado!
eu estava livre
e cativado pelo reino...
ela é tão bonita!

sábado, 14 de agosto de 2010

Peter Pan - Lucas Jammal

pena leve,
voando pelo céu
um pássaro é uma criança,
como vou poder ser um adulto,
se eles são muitos,
mas não podem voar?
eles se prendem no limite
o sentido vivem a procurar
mas o amor não faz sentido
pois sentido é só amar.


é simplesmente respirar,
ficar solto pelo ar,
deixar a vida te levar,
e quando a pena do amor chegar,
levemente você pousar
e em fadas acreditar

foto de Victória Basseto

fotos - Victória basseto

Peter Pan

vale a pena a vida sem cores?

victória in wonderland

dia-a-dia

Viajando - Lucas Jammal

" está tudo bem com você? "
" guardar para dentro é pior "
estou sozinho agora,
pois eu taquei fogo na porra toda
foi uma porrada de amor que atingiu nela
e tentei destruir aquela Zorra,
pois tive medo de ver a flor apodrecer,
e ela se machucou
com minha baba podre,
eu preciso escovar mais os dentes
preciso cuidar mais da minha pele,
para poder conversar com Billy Shears,
lá no pequeno clube do sargento pimenta,
onde temos medo de nós
desse sentir excessivo
dos nossos corações solitários
que deixamos naquela banda
que parece que não passou...

Mas eu ainda tenho o jardim, lá da lua
e alguns amigos, lá de Marte,
que trouxeram para mim algumas cores
e alguns ursinhos fantasiados de lobo
que gosto de chamar de meus amores

na próxima viagem eu não vou mais ser um E.T,
só vou me esconder em plutão,
ou uivar para Saturno
quando eu estiver preparado,
para viajar, no universo do amor
quado estiver aberto o coração

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

minha pelucia - Lucas Jammal

semente nova no jardim do amor
aqui está a fonte de tanta cor
a menina, rodeada de flor
me rodeando com seu calor,
tirando de mim, a minha dor
sinto o meu coração falar
o ar me abraça, até me sufocar
eu quero o amor viver,
o amor realizar
não quero ver ele partir,
com o amor eu quero adormecer,
meu coração eu repartir
sem poder eu te largar,
não quero mais te esquecer,
quero amor, eu assumir,
minha pelucia, eu apertar

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

o remédio - Lucas Jammal

estou ferido, oh remédio
não sei se vou me curar
você prefere ficar distante,
pois tem medo de acabar,
de uma lágrima você ver
ou até mesmo receber,
daquele palhaço mutante,
que queria te derrubar
com uma piada de mal-gosto

do chão saíste Perdigão?
Como curar você do tédio?
limpar o maquiado rosto,
botar a cabeça no lugar,
está na hora de acordar,
pois o remédio, só vai achar
dentro do seu coração

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

troca de sorrisos coloridos - Lucas Jammal

sol vermelho,
chuva laranja
azul o espelho,
verde na raiz,
cinza no espaço,
rosa no corpo,
no corpo invisível
que se acredita e depois vê

eu sou um cão poeta,
que feliz se mexe o corpo,
com os pelos para baixo
e as patas para cima,
com pegadas no solo do amor,
no solo que você rega
e feliz me faz viver,
ao acordar pra vida bela

se negar me faz sofrer
não da bronca por prazer,
só da bronca para educar
para feliz depois ficar,
feliz em sorrir te ver,
com dispostas as mãos,
de segurar o coração
e em paz adormecer

sábado, 7 de agosto de 2010

um portal para o amor (deixe o coração bater) - Lucas Jammal

faço versos por você,
ouça eles então por mim,
deixe o meu amor nascer
não me deixe sozinho, assim!

E se me conhecer bem?
E se você gostar de mim?
Não agora, mas depois,
por favor, diga que sim!

deixe o drama para lá,
me dê aqui a sua mão,
para eu poder te mostrar,
as cores do meu coração!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Ela está - Lucas Jammal

ela está tão perto...
mas ela está tão longe,
porque não posso alcança-la
ao ver na lua cheia, ela cantar

ela está tão longe,
mas ela está tão perto,
porque não posso esquece-la
pois ela é a sereia do meu mar

meu coração é uma maçã
que dou de alimento a ela
para contornar sua visão

minha alma é transparente
espero que um dia ela veja,
as cores do meu coração

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Zorra - Lucas Jammal

Zorra, o amor acabou em zorra,
me deixando parado no ar,
sem poder respirar,
no espaço daquela zorra,
que gritam seres vuvuzelas
que apagam todas as velas,
com o ar dos seios lisos
onde seres soltam sorrisos
risadas na plena lua do dia,
e aquela pele macia,
que tantos nos ilumina,
na luz que a vida nos ensina
de brincarmos quando crianças
de enchermos nossas panças
para ficarmos felizes,
desfrutando nossas raízes,
com os dentes coloridos,
de sorvete de pimenta azul

Zorra, o amor acabou em zorra,
ao vermos aquela porra,
que deixam rolar no ar
zorra, o amor acabou em zorra,
ao dejesar que alguém morra,
pelo carpe diem, mal interpretar

Veja, os porcos comendo bacon,
fugindo com o livro de Eli,
para as montanhas do por do sol
o coração de leão,
precisa nos salvar
para a cor ultra-violeta
podermos todos enxergar

Zorra, o amor acabou em zorra,
e do pirata, a menina irá sempre berrar,
pois um super herói não podemos bancar
Zorra, o amor acabou em zorra,
e eu quero que o mundo se foda
e me deixem com o meu amor eu sonhar
porque sonhar é bom de mais
lá eu não deixo ninguém pra traz
e meu mundo sempre está em paz

domingo, 1 de agosto de 2010

Wasteboat (O carteiro) - Lucas Jammal e Pedro Faria

Um carteiro sempre foi uma pessoa responsável, preocupado com o futuro de seus filhos e a saúde de sua mulher...
O Carteiro envia varias cartas... ele é uma boa pessoa para perguntarem nomes de rua ou coisa do tipo... dizem que ele até VISITOU UMA BRUXA!
O que ele mais gostava de fazer em seu tempo livre, segundo as pessoas da sua região, era olhar para o céu... ele acreditava na astronomia e na filosofia, segundo ele, que um dia disse para nós: " ...não sobre o futuro, pois o futuro não está escrito em pedras, mas sim do presente e do passado " depois de uma pausa, ao pensar no que nos disse, ele continuou: " as estrelas servem para viajarmos no tempo... refletir sobre nossas vidas, consertar nossos erros e manter nossas virtudes "
Ele gostava muito de ler... quando entregávamos a ele nossas cartas, tinhamos medo, pois ele poderia ler e descubrir nossos segredos... mas ele nunca fofocava, não para nós... ele só falava coisas como: deduções, induções e falácias. Tínhamos medo disso, muitos de nós ficávamos desconfiados dele estar escondendo alguma coisa, ele nunca contava um segredo e como desculpa disso ele usava o título de uma música dos beatles, que ele dissera " falar exatamente da sua história de vida " ele vivia repetindo a frase para nós ao perguntavamos qualquer coisa, aquela frase doida, mínima, que ninguém nunca entendia: " todo mundo tem algo para esconder exceto eu e o meu macaco " um dia perguntei para ele o porque dele dizer isso e ele me disse que um macaco não tem nada para esconder e eu o perguntei se ele lá era um macaco e que nem ele, nem nenhum dos beatles tinha um macaco, então ele me disse exatamente com essas palavras: " não tenho nada a esconder... o destino é o pai do amor, Deus é o destino e Jesus Cristo é o amor... minha vida está escrita nas estrelas, se tiver qualquer duvida sobre mim, pergunte a elas. " Suas conversas apocalipticas nos preocupavam.
A única coisa que o preocupava de verdade eram as cartas que ele tinha que entregar... pessoas pequenas, mundo pequeno, viagens grandes e cartas maiores ainda.

sábado, 31 de julho de 2010

Billy Shears - Lucas Jammal, Oscar Ihms e Pedro Simões

Garota Quente
queima o meu passado
ilumina meu futuro

Quando você apareceu
meu mundo mudou
rapidamente ele rodou
rodou abaixo do solo
onde plantei meu coração
onde uma árvore cresceu
dentro de um clube,
adotado pelas palavras de uma banda,
apimentadas pela paixão

drama, doce, drama - Lucas Jammal e Pedro Simões

drama, doce, drama
que me joga na cama
que me deixa cansado
de tanto drama dado

me deram isso de sorte
para eu não viver na morte,
para não ficar parado
até ficar enferrujado

o que adianta falar da vida,
se seu grande rei que admira,
não passa de um grande safado

ele tão bem se revira,
que deixa os outros estragados,
com essa gente sofrida

O livro de Eli - Lucas Jammal

capricórnio, oh labirinto
os anjos queimam com os raios do sol
que brilha tanto vosso Deus
a ponto de desaparecer

alma amarga, alma impura
late tanto seu cachorro
com apenas uma nota
para identificar quem ele é
você late, você mia,
você não sabe o que fazer
você não sabe o que é silêncio
pois grita, ao aparecer
grita tanto, que ninguém escuta
pois vossa vós é misturada
com vossa língua complicada
que não foi criada para aprender
e sim para guardar para si
para sua mente poder esconder
para ninguém poder contra-dizer
poder, poder, doce poder,
que sobe a sua mente salgado,
ao dar vida as suas mentiras
e alimenta a carne mole
endurecendo o coração
deixando a alma para trás
pois só acredita no que vê
e não vê que a vida tem razão

coração de leão - Lucas Jammal, Pedro Simões e Oscar Ihms

Seu escudo era um espelho
E sua espada era de luz
No escuro não sentia medo
Pois em seu coração havia Jesus
Fechava os olhos para poder ver
a motivação que o fazia viver
Ele dava alimento ao lobo do amor
Para conseguir superar qualquer dor
Com uma música, começa a viagem
Com a fé divina, ele cria coragem
Coração de leão, vida e amizade
União de irmãos, amor e vontade
luz, doce luz, da verdade
Luz pequena, na porta da bondade
Sim, ela estava enferrujada
Tempos que eu não via ninguém abrir
Muitos pensavam que estava arruinada
Mas um coração de leão não quis desistir

Vida de prata - Lucas Jammal, Pedro Faria e Oscar ihms

Não tem jeito de ir para casa
Todo mundo está lá,
Vampiros, morcegos, o Dracula,
O sol cortou minhas asas
Para um super-herói eu bancar

Boneco de palha
braço de ferro
Vida de prata
Você parece um pirata
E a menina soltou um berro

CHEIRO DE MORANGO - Lucas Jammal, Pedro Faria e Oscar Ihms

Cheiro de morango
não esta nova para poder dizer “ eu te amo “
Olhos de cristais
Sempre vencer... Desistir nunca, jamais
Adormecer em paz
Amanhecer sorrindo, sem olhar para traz
Venha comigo, me dê sua mão
Abra as portas do seu coração e...

Quantos anos você tem? - Lucas Jammal, Pedro Simões e Oscar ihms

quantos anos você tem?
você tem 9 ou 19?
3 ou 47?
20 ou 21?
18 ou 17?
10 ou 101?
12 ou 27?
quantos anos você tem?
24? 26? 28?
parece que você é tão nova tão nova,
a ponto de dizer que é velha
Quantos anos você tem?
Parece que é tão velha,
A ponto de dizer que é nova,
Tão nova, tão nova, que nova, ah! Que velha!

Com esses cabelos lisos grudados na testa
E essa tromba de elefante
Ela saiu sozinha para a festa
sozinha em um céu delirante

Eu só quero que me diga
Se você se acha velha...
Mas se vai poder de mim lembrar
Quando 2010 anos eu chegar

segunda-feira, 19 de julho de 2010

ela acha q o amor é brincadeira - Lucas Jammal

ela acha que amar é brincar de pega-pega,
até ninguém mais ela pegar
é brincar de esconde-esconde,
até ninguém mais se achar
é brincar de gato-mia,
até o cachorro ficar cego
é brinca de policia e ladrão
até algum deles se casar
é brincar de papai e mamãe
até alguém parar de brincar
é brincar de tira-ao-alvo,
até o alvo se cansar
é brincar de tira-dentes,
até nenhum dente sobrar
é brincar de pega-pega,
até ninguém mais se apegar

domingo, 18 de julho de 2010

Eu não sou o Peter Pan - Lucas Jammal

sim, eu realmente brochei
e não foi a primeira vez
sim, eu brochei e te desapontei
e não foi a última vez

não estou jovem o suficiente
a ponto de dizer " eu te amo "
já tenho mais de dezesseis anos

sinto minha carne encolher para dentro,
em um holograma de sol, criando cores de mentirinha

três é bom, dois é de mais

sábado, 17 de julho de 2010

passarinho feio - Lucas Jammal

eu faço amor e ela fica indiferente
eu faço sexo e ela fica indiferente
eu faço as malas e ela fica indiferente
eu faço loucuras e ela fica indiferente
eu faço vida e ela fica indiferente
eu faço morte e ela fica indiferente

eu tomo vergonha e ela fica indiferente
eu tomo banho e ela fica indiferente
eu tomo sol e ela fica indiferente
eu tomo vinho e ela fica contente!

eu sou peludo como um lobisomem,
um lobisomem que come passarinhos
nossa briga de casal de vuvuzela e homem
estão assustando aos meus pintinhos

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Ultra-violeta - Lucas Jammal

um lobo uivava para Saturno
uivava olhando aquele anel encantador
que brilhavam cores das mais preciosas
que muitos gostavam de chamar de amor,
amor, porque aquilo não se comprava,
amor, porque estava solto no ar,
amor, porque feliz se agitava
ao seu outro amor encontrar
amor, porque é um motivo da vida
amor, porque junto superava qualquer dor
amor, porque morto vivia
e vivo morria de amor

Carangueijos, escorpiões, cobras e aranhas - Lucas Jammal

ela escondia aquele gozo,
daquele orgasmo cerebral
com o cérebro no joelho
e aquele buraco negro daquele olhar meigo...
atraíram as cores de minha face,
que saíram voando para o ar ácido,
que ardiam a pele em um inverno seco
onde se houvesse chuva,
até o sol tomava banho de piscina
e depois se escondia novamente,
dormindo de baixo da Terra,
esperando a Lua, em seu sonho aparecer,
para olha-la discretamente,
sem ela poder perceber,
para que não se assuste
por pensar que está pelada

terça-feira, 13 de julho de 2010

Buenos Aires - Lucas Jammal

onde brilha luz vermelha,
um casulo de folhas, cobre estrelas
transformando-as em rosas da noite
e aguardando-as para a primavera

Em montanhas de olhos húmidos
em um caminhar calmo, pela neve,
deixa a alma o voo de leve
no céu de besouros alegres
que cantavam como cigarras,
para as formigas e seus cigarros
em um campo de morangos roídos
onde dorme calmo o gordo gato
por desistir de correr atrás do rato

com um retrato na boca correu para o carro
um cachorro curioso que ninguém enxergava,
responder a nada ele sabia, mas tudo ele cheirava
e quando ao cheiro reconhecia, seguro ele ficava,
ao ver o seu dono, seu rabo abanava,
eu me lembro que dávamos a ele um sorriso azul jogral
e amamentava-mos no colo, um draminha teatral
o cachorro olhava atento para tudo que podia ver
e espalhava alegria que muitos não sabiam escrever

Aranhas nas costas - Lucas Jammal

Veneno rosa...
eu era o vagabundo que queria trabalhar
agora eu sou só o vagabundo e olhe lá!

Raspa o fogo para cima...
estou cansado de tanto falar
raposa e cocegas do mar salgado
e o mundo todo libertado
para sentir aquele clima

e me pediram para ficar
para o piano eu tocar,
com uma aranha na costa eréta
e com uma moeda brilhante na palma da mão
que eu não poderia derrubar
pois que se não as crianças irão se afundar,
nadando no mar sujo do dinheiro,
com o corpo tão sujo que não da para limpar

poderozas as crianças mimadas irão se achar,
com mentiras tão fortes capazes de a si mesmo enganar,
ao dizerem que errar é divino
e perdoar é humano

ficar pelado - Lucas Jammal

Eu observei as roupas de neon...
dizendo: " olhem pra mim " ou " não olhem pra mim "
o gato rosa levantou a pata para cima
e o coringa brasileiro brotou um sorriso nas plantas
um sorriso incolor salgado, nas plantas amargas,
as plantas do pântano, as plantas comestíveis, enfim,
que interpretavam o carpe diem as avessas

eu acho que ninguém de lá sabe o significado
de se sentir seguro ao ficar pelado

Os ratos correm para escolherem seus inimigos
investindo sua fé na dor,
com a mão no bolso se escondem do amor
e com uma bebidinha eles se soltam,
sentindo o odor do primeiro que aparecer
aquele cheiro salgado, forte, doce e saboroso,
daquele chiclete delicioso, que se chama pele,
a pele macia, a pele molhada...
que quando seca, jogam fora,
jogam fora para não enjoar,
mas pegam outra para o sabor não acabar

disse a eles que não sabiam o significado
de se sentirem seguro ao ficar pelado,
e para provarem que eu estou errado
eles tiraram suas roupas, desesperados...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Laranjeira na lua - Lucas Jammal

quem dera? A Bela,
que pensara que a Bela era fera
e que a Fera era bela

A Fera se convenceu
que era a Bela, sua bela...
então pegou sua Bela e tacou no nariz, branca a tinta da parede,
pois como não existiam principes encantados,
quem derá para um lobo mal, uma rosa de lua cheia?
A Bela deu, a Bela deu para a Fera
e a toalha rosa em seu redor
desenrolava suavemente no chão
onde Bela brotava muitas flores
que rodearam a cabeça da Fera, a flor de Bela
que abria-se boca lábio a lábio
sem rosto, só cheiro, quadril encarado,
primavera nos dentes... era ela a Bela.
branca como o leite, como a minha mente Bela,
as cores distorcidas rodeavam em meu olhar
e eu pisei no chão sem me equilibrar
peguei a Bela e botei em meu guarda-roupa

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ab aeterno (branca de neve) - Lucas Jammal

- eles me pegaram de surpresa e eu não pude respirar, quando eu fiquei desesperado, sabe... quando eles não paravam de falar... resolvi gritar e... e eles fizeram silêncio no mínimo durante 2 segundos e no máximo 5
- Mas algo que eu não entendi é o quando eles perseguiam o...
- vamos pessoal! Os filhos da puta estão aqui de novo eu estava carregando mais um terráqueo encapado pela gosma que eles tanto gostavam de arder e...
Uma bomba caiu perto deles...
- Vamos, vamos, vamos! - disse ele, mais conhecido como Felipe ou doutor, com seu avental branco, sacando sua arma - gosto dessa arma... recarregar... recomeçar... gosto de puxar o gatilho e sentir a cabeça de cada um deles explodindo. Não sei se eles merecem, mas eu também não mereço e eles fariam o mesmo comigo
- é... bem vindo a selva - disse um dos dois que estavam perto dele, com o uniforme laranja conhecido também como ciêntista, o outro vestia um uniforme verde e era conhecido como Alienista
Eles correram, atiravam, fugiam, se escondiam e nada a menos que suas mentes mandavam automaticamente eles fazerem... eram treinados por esse tipo de trabalho, treinados por algum tipo de medo que por consequência cria a atenção e algum tipo de coragem, que cria a ação. Continuaram essa rotina repetitiva, até que chegaram em um lugar demasiado diferente, do qual costumavam fugir ou encarar ou apenas se esconder e esperar tudo acabar. Quando o Ser de uniforme de laranja pisou naquele lugar, sua cabeça começou a inchar, talvez fosse algum tipo de forte alergia. No centro daquele lugar demasiado diferente, havia a fonte, a fonte de muitas cores... Quando percebiam três dimensões descobriam quatro, mas apesar da capacidade humana ser infinita, algo anulava com que prosseguirem, talvez não algo do cérebro, mas sim da vontade, denominada, pela maioria " alma ". o Alienista olhava aquele centro, como se estivesse hipnotizado de um modo que todos os sentidos voltavam para o mundo interior, deixando todos nulos, no mundo em que vivia. Sentindo-se na lua, o Alienista não fizera nada além de ficar olhando para o centro e o ciêntista ficara com uma extrema dor de cabeça. O doutor, com sua alma infeliz e indiferente, muitas vezes de sua vida, pelo efeito de remédios que era viciado, não era afetado por aquele tipo de magia negra, colorida, apenas pela magia branca que não conseguia ele considerar alguma magia. Ele pegou seu amigo alucinado e seu outro companheiro da cabeça inchada, segurando o braço de cada um, para ajuda-los com o equilíbrio. Eles conseguiam andar, mas a mente não estava em condições de equilíbrio naquele exato momento.


- Rosa, é você! - Suspirava Davi
- como ousa chama-la de tal objeto? Ora florais... estão perto de animais, e Ab aeterno está longe disso! Respeito com vossa majestade! Saia daqui, seu vil! - falava o pequeno homem
- desculpe, Rosa? Porque me chamara de Rosa?
- é você Rosa, é você - ele tinha mais do que certeza que era ela, mas agora ele só tinha certeza
- Meu nome não é Rosa
- Seu nome é Ab Aeterno? Isso nem nome é
- hah... - respirou fundo alguns pequenos
- como ousa falar assim de vossa majestade? - Disse por fim um deles
- Rosa é o nome da garota, não?
- Rosa, Rosa... muito tempo longe Rosa... tem que ser você, tem que ser!
- Você é um sonhador, sonha, correndo em um labirinto, sonhando em achar um buraco, para o seu passarinho voar livremente e duro, sem ser atingido pela gravidade. Ora, corre tanto e desatento, que se perde mais ainda, mas é bom ser um sonhador... não abandone seus sonhos Davi, você poderá aprender muito com eles!


Doutor achara uma maçã, na mochila, que ele carregava em suas costas e deu para o mecânico mastigar, ele sentia agora em melhor estado, mas talvez, houve algum erro de cálculo, pois logo depois a cabeça voltara a ficar inchada e nessa vez pior... agora ficou ainda mais difícil dele respirar... O Alienista daria para ele muito menos trabalho, pois estava simplesmente no mundo na lua, mas o ciêntista estava agonizante, sem conseguir respirar. " Porque eu dei isso para ele? " O doutor pensava de vez em quando... o sujeito começa do sujeito começara de novo a ferver, mas o corpo estava frio, pois não conseguia respirar. Começou a fazer barulhos, barulhos sombrios, que assustavam e deixavam qualquer um agoniado, estavam saindo de dentro do mecânico. O barulho estava cada vez mais insuportável, de um modo que o doutor não conseguira mais aguentar
- vou acabar com isso de uma vez!
O doutor pegou uma tesoura próxima, de sua mochila e começou a massacrar o ciêntista, pescoço, várias vezes, até que por fim, o barulho parou, a cabeça começou a desinchar e seu colega falecido, jaz ali. Ele limpou suas mãos escorrendo o sangue com água e então ele e o Alienista voltaram para onde ele deixou o Davi, ou como eles costumavam chamar a partir de agora: " o futuro cientista "

domingo, 4 de julho de 2010

Ab aeterno (um verme passeia na lua cheia) - Lucas Jammal

Quando ele iria sair daquela escuridão profunda? Davi estava quase louco, pela loucura que estava acontecendo com si. o homem que o carregava pelas costas, continuou correndo. Davi só ouvia os passos rápidos, do homem que bufava sem parar. De repente Davi começou a ver cores que nunca conseguiu antes, se quer, imaginar. Claro que seus olhos não podiam ver nada, pois estavam cobertos por aquela gosma sólida, mas também não poderíamos chamar aquilo de imaginação, pois era possível imaginar tudo que não se existisse, tudo, exceto novas cores, sim, poderia se imaginar misturas e tons, mas não exatamente aquelas cores que ele nunca tinha visto ou ao menos imaginado antes. Será que os cegos que nunca viram cor alguma, imaginavam elas, como alguma fonte de harmonia ou ao menos um sentimento, profundo ou não? Será que eles já viram essas cores e nós nunca? Será que cada um de nós vimos um azul de um jeito e o branco de outro? Davi ficara encantado com as cores que chegaram dentro de si e começara a imaginar se algum outro ser já tinha visto elas antes. Pouco ou muito tempo depois de Davi se distrair com as cores, o homen abriu uma porta, onde fez um grande barulho. De repente muita gente começou a falar no mesmo tempo e as cores de Davi se apagaram. Davi conseguiu ouvir poucas das palavras embaralhadas, que sua consciência permitiu que ele escutasse, entre elas, a que mais chamou atenção foi:
- Odeio laranjas... seu... seu cabeça de borracha!
- Os pessimistas passam despercebidos em torno de flores astrais que...
- Aquele coelho me deve três cubos de possibilidade, para colocar em meu...
- Tantas bandas coloridas... e o admirável mundo novo e a revolução número nove...
- o duque, volte aqui! Mas que bagunça!
- ei gente! Aquele ser gigante jogado perto da porta, coberto por gosma cômica me faz lembrar da última vez que eu precisava usar uma máscara para ir...
- ai, eu me lembro... quando Harry virou uma gosma dessas...
De repente todo mundo ficou em silêncio. Depois os donos daquelas vozes começaram a correr para um lado e para o outro, gritando:
- Socorro! Ele é um assassino, ele é um assassino!
Os gritos continuaram, até que ouve um passo maior do que aqueles, que estava se aproximando de Davi.
- Sem pânico! Parem de gritar - Disse uma vóz feminina que parecia familiar para Davi
- Ab aeterno, ele é vil! - Disse um
Davi agora só sentia um calor a se aproximar, um perfume familiar, muito bom, não os de produtos, mas sim da pura pele, pele feminina. Então ele sentiu a gosma se rasgando, com uma pequena faca afiada, que a mocinha tinha, ela abriu aquela gosma, deixando o efeito grudento então a gosma desgrudou de Davi.
- O que te levou até aqui? - perguntou ela
- Um ser - ele respondeu, olhando para o chão, se lembrando das cores que vira, agora já acostumados com a escuridão tão colorida.
- sim, mas o que fizera antes disso? Antes da gosma entrar em você?
- estava no banheiro
- Meu Deus! - exclamou um ser assustado. Davi olhou para ele e viu que era uma criatura pequena, assim como aquela mocinha que ele tinha visto, antes de virar gosma. No lado daquele, havia mais vários, donos daquelas vozes e gritos que ouvira, depois finalmente olhou para a moça:
- Rosa! - Davi exclamou. Era ela, igual, o mesmo cheiro, a mesma vóz e a mesma carne!

sábado, 3 de julho de 2010

Ab aeterno (uma corrida) - Lucas Jammal

Davi ouviu mais dois passos em sua direção e sentiu uma mão segurando ele pela cabeça. Difícil era ele conseguir perguntar alguma coisa. Agora ele pensara no número de vezes de perguntas que poderia ter feito, para tentar acabar com suas dúvidas, mas resolveu guardar. Nessa vez não poderia perguntar e a curiosidade estava sufocando ele, assim como aquela gosma que agarrava seu corpo inteiro. Uma outra mão, provável do mesmo dono daqueles passos, agarrou Davi, pelas costas, segurando ele com força. então as mãos com rigidez, tiraram Davi sentado daquela privada e começaram a caminhar. Saíram daquele banheiro apertado, Davi percebeu que poderia estar em um tipo de sala agora... Continuavam a caminhar e Davi começou a sentir uma imensa dor nas costas. Davi sentia ser carregado e agora para baixo, provável que aquele ser estava descendo com ele as escadas. Estava provável em uma casa de dois andares ou um apartamento... Mas estava descendo muito e com muitas curvas. Em que andar ele estava? Chegou finalmente uma hora que ele ouviu uma porta a se abrir. caminharam um pouco mais... uma rangida de portão enferrujado... e Davi sentiu-se sentado novamente, mas nessa vez em um banco confortável. Ele ouviu o barulho do motor. Finalmente chegara em um carro, agora não era preciso que aquele ser levasse ele de novo, pelo menos não por algum tempo. Davi sentira agora o veículo a se movimentar. Pequenas tremidas... mas como era difícil de respirar, com aquela gosma em estado sólido, apertando ele! O carro continuara a andar normalmente. Davi impaciente, não sabia quanto tempo já passara, se fora meia hora, dez minutos ou 3 horas. De repente ouve um breque no carro e Davi só ouviu a voz do seu lado direito:
- Merda!
Então rapidamente a porta da direita foi aberta, e depois fechada. Davi ouvira alguns tiros, alguns gritos e fiou muito assustado. O que seria aquilo? Seria seu fim agora? Então ele ouviu a porta do carro abrir e fechar de novo e o homem que entrou lá falou:
- filhos da puta!
Davi sentiu o veiculo se movimentar novamente, mas nessa vez estava cada vez mais veloz, tremendo muito, com curvas e breques cruéis... Davi ficou super assustado. Ele sentiu respirações fundas do lado, do homem que estava lá, e este falou, para ele ou para si:
- calma, vai ficar tudo bem...
Depois de algum tempo a mesma voz:
- seu egoista, eles se preocupam com você!
Davi sentiu um pouco aquelas palavras o atingirem, mas como aquele homem sabia de alguma coisa sobre ele? Era provavel que ele estava falando com si mesmo, mas porque dessas palavras, em uma hora tão, tão louca da vida... esse momento de correria, como se estivesse no inferno.
Mais uma curva violenta e o carro foi diminuindo a velocidade até que então um breque não tão ruim como os outros. A porta abriu e fechou, alguns passos, a porta do lado esquerdo de Davi foi aberta e o homen voltara a carrega-lo, mas nessa vez correndo.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Ab aeterno (escritório do papai) - Lucas Jammal

Depois de mais uma injetada, Davi, fechou os olhos com força e quando abriu, de repente não estava mais deitado naquele hospital, estava nú, sentado em uma privada rosa, em um minúsculo banheiro vermelho com o chão azul, onde tudo que tinha lá era uma privada, uma pia, com um espelho e uma porta. Davi sentiu uma imensa dor na barriga, o estômago não parava de gemer, Davi pois a mão em baixo da barriga, esperando a dor passar. Depois de um tempo, naquele banheiro silencioso, ele percebeu que não estava sozinho, ao ouvir um gemido, mas o que era aquilo? Davi olhou em todos os lados, até que achou, em baixo do espelho da pia, estava lá, aquela pequena coisinha, que tanto gemia... um tipo de mulher em mini-atura, semi-nua, com as partes cobridas por folhas coloridas. Então Davi, curioso, começara a olhar ela, em todas as direções, ela estava com a mão esquerda, no seio direito, com uma cara fechada, de quem estivera muito machucada. A pequena coisinha, tinha traços muito lindos em seu corpo, com sua pele clara e iluminada, com aquelas pernas atraentes... Davi aproximou-se mais e viu que nela havia um cheiro bom, que raramente ele encontrava e que aquele tipo era único dela. Quanto mais Davi olhava para ela, mais ele percebia o quanto bela ela era. Ela ficou assustada com aquele par de olhos fixos, que apontavam ao redor de seu corpo. Aquele odor... aquele tudo que ela causara em Davi... ele aproximou sua mão dela, e ela pegou uma pequena lança, que tinha em suas costas e tentou proteger-se daquilo.
- espere eu não irei te machucar! - Davi falou
Ela nunca acreditara. Davi tentou pega-la, por um tempo, até que então ela caiu da pia, para o chão, transformando-se em uma gosma branca, com um forte odor de esperma. Aquela gosma ficou se movimentando, no chão. Davi se levantou, assustado e começou a andar naquele pequeno banheiro, com a cabeça abaixada, pois não cabia lá direito. Ele perdeu a gosma minúscula de vista, então se jogou de novo na privada, quando do nada, percebeu que ela estava em baixo dos seus pés. Aquela gosma grudenta e gelada, de baixo dos pés, começou a se movimentar e subindo pelas pernas peludas de Davi, grudando cada vez mais em cada parte daquele corpo nú. Davi tentara pegar a gosma irritante, mas quando pois a mão sobre ela, esta pulou em direção de seus cabelos, em que grudara. Davi sentiu sua cabeça e seus olhos ardendo, mas parte dele estava gozando daquilo e achando muito prazeroso aquele imenso calor que sentira em sua pele. Também sentia um aperto imenso no coração, um tipo de remorso progressivo... algo que não tinha como se explicar. Então aquela gosma começava a escorrer no rosto e cobrir sua face, aumentando cada vez mais de tamanho. O coração dele, nesse momento, apertou-se ainda mais e começou a disparar, cada vez mais rápido, a ponto de que ele não conseguisse respirar. Davi começou a bufar de cansaço e as sensações prazerosas aumentavam cada vez mais. De-repente ouve um som de porta abrindo. Davi começou a ouvir os passos, enquanto sentia aquele prazer do seu coração em adrenalina. A gosma começou a se espalhar no corpo inteiro de Davi, de cima para baixo, deixando livre apenas partes da face, como o nariz. Os passos estavam cada vez mais se aproximando, até que então, o dono provável daqueles passos bateu na porta do banheiro. Davi se sentiu assustado, quem estava batendo na porta, porque e o que era aquela gosma que cobria seu corpo. O sujeito mexeu na maçaneta da porta, com a tentativa de abrir. O que o objeto iria pensar de Davi, ao ver ele rodeado por uma gosma branca, com aparência, estrutura e cheiro de esperma? Davi agora, ainda com o coração acelerado, só ouvia murros, naquela porta, de quem estivera desesperado para abrir. Depois de tantos murros, ele sentiu a porta se quebrar, agora com uma quantidade extrema de aperto no coração, que nunca tivera antes, e nessa vez, ao invés de sentir calor, ele sentia um frio imenso, não só porque aquela gosma era extremamente gelada, mas sim, pela situação que estava rodeado.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Ab aeterno (Gemini) - Lucas Jammal

Quando acordou, Davi percebeu que estava deitado em uma cama, dentro de uma sala preta... ele olhou para o lado, haviam almofadas e no outro tinham flores e um caixão. Voltando-se para si, ele viu que estava cheio de fios e que não conseguia mexer seus pés e braços e logo depois percebeu que apenas a face estava móvel, ele não sentia parte alguma do seu corpo, nem mesmo a face... estava completamente anestesiado, mas aonde ele estava, como, porque? Um homem com um avental branco, com uma máscara de hospital e um outro homem, que estava de terno preto, segurando uma cruz brilhante, veio acompanhando ele, para a sala do paciente, impaciente, enquanto ambos conversavam entre si
- e o que ele disse? - perguntou o homem de branco
- Disse que Apolo estava ocupado, solando good night dos beatles, no piano e depois disso pegou duas musas e se trancou no quarto. Falou alguma coisa que ele tinha feito um acordo ou um pacto...
- aonde eu estou? - Perguntou Davi
- não me lembro direito o que ele falou - continuou o homem a explicar, ignorando a pergunta de Davi - mas ele me disse algo parecido como um pacto de luz que Apolo fez com Dionísio, para os homens deixarem de dormir a noite, para aproveita-la ainda mais...
O homem de branco respirou fundo e falou:
- mas você levou ele?
- o que mais eu poderia inventar, doutor?
- o que vocês estão falando!? - perguntou desesperadamente, Davi
O homem de branco respirou fundo mais uma vez e pegou uma agulha e injetou na testa dormente de Davi
- ah! - Davi gritou com melancolia, aquela agulha atingira a pele completamente anestesiada. Davi não conseguiu sentir nada, nada além da dor melancólica que aquilo causara nele
- Porque? - a alma despedaçada de Davi gritava, sem a esperança de nenhuma resposta.
- Você irá esquecer essa dor, basta acreditar em mim.
A dor não passava. Na verdade aumentava cada vez mais e Davi tinha de agarrar as esperanças de que iria ficar tudo bem, mesmo com aquela dor imensa e melancólica e aquela sala estranha que ele parou do nada, com dois homens com uma conversa doida, sendo que um deles era um doutor, fazendo operações e o outro era um... um homem de terno preto, que parecia que estava em um velório. Davi se sentia em uma mistura de hospital com velório... o que ainda mais tirava a esperança dele. Com muitas duvidas, o jovem rapaz respirou fundo, queria perguntar, mas de tanta agonia, resolveu ficar calado, até porque ele tinha o pressentimento de que nunca iria receber alguma resposta, que lhe causasse mais perguntas ainda.
Outra agulha foi injetada na sua pele
- Quanto tempo isso irá durar? - Perguntou Davi
Não houve resposta alguma.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Boa noite - Lucas Jammal

recarregar a energia,
ouça os sons do universo,
se divertindo com o silêncio,
raro de se escutar.

Sem sonho, sem brilho,
profundamente se concentrar
um sonho que não se explica,
e participa dormindo no ar.

Boa noite,
quero ver você dormindo,
sua barriga mexer de leve
com aquela respiração tranquila,
que me faz sentir bem mais seguro
ao ver minha estrela brilhar de noite,
formando caminhos para o céu

Ab aeterno (contando as horas) - Lucas Jammal

" a rosa... pulou sobre minha face,
com seu imã rosa,
caminhou sobre meu olho
indiferentemente...
e de vez em nunca,
eu olhava para o buraco negro,
discretamente "
" então a rosa se esfregou no meu rosto
e nós fomos ao mar
e lá encontramos outras rosas lindas,
que começaram a diminuir na água
até que então eu percebi que meu mundo era pequeno
e que eu não estava mais livre "

" três sereias me chamaram,
ou eram quatro?
Só sei que elas enxugavam as barbatanas em meu cérebro esponjoso,
e insistiam com que eu fica-se "

terça-feira, 29 de junho de 2010

O velho bicho gordo que brilha sol no escuro - Lucas Jammal

eu sou o velho e gordo bicho,
"se fugir o bicho pega,
se ficar o bicho come "
ah, minha cobra de ouro
e minha corda de cristal
que me faz acordar brilhando
ao chicotear meus inimigos,
com uma novela " Para-todos "

e minhas comidas,
de baixo dos panos vou eu colocar,
em um processo fácil e seguro,
onde não preciso me segurar
e acabo engordando com orgulho
e os outros irei derrubar,
ao sentar em seu colo macio
e as suas pernas tortas, eu quebrar
de tão pesada a consciência,
da culpa que nos outros irei jogar.

E apontam para o velho bicho,
o velho bicho gordo que brilha sol no escuro
e " jogam pedra na Geni "

Um amor - Lucas Jammal

meu coração é colorido,
ele tem pelo menos mais de uma cor
e cada uma delas tem mais de um sentido
que dão origem ao amor

amor se sente, sem poder questionar,
se desfruta sem poder experimenta,
está levemente solto pelo ar,
e poucos conseguiram encontrar

é difícil de se ver,
pois não dá pra interpretar,
e só sente quem estiver preparado

para a vela do amor ascender
não se pode ficar parado,
unidos temos que levantar

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Astronomia de um universo interno - Lucas Jammal

o sol é o coração,
que ilumina a vida que é o amor
A Terra é o cérebro,
que comanda e mantêm o equilíbrio
o cérebro roda em volta do coração,
para a inspiração de um lindo dia,
as cores são as inspirações,
que nos fazem escrever uma bela poesia

a gravidade é o medo,
que nos impede de voar,
a lua é a mãe,
que bota seus filhos a sonhar
com seu brilho de leve,
de canções de ninar
e a energia do coração solar
nos da energia para acordar
e mais um dia aproveitar

As estrelas somos nós,
que no fim são só um ser
mas se separam em brilhos distintos
que gostam de chamar de poder
mas quando descobrirmos,
que apenas unidos iremos vencer,
criaremos um caminho com nossos brilhos
para bem menos nos perder

Ab aeterno previsões de imagens - Lucas Jammal





















sexta-feira, 25 de junho de 2010

rosas encapadas - Lucas Jammal

rosas empacotadas...
levadas para presente,
em uma longa viagem para casa,
em um cavalo veloz,
que atravessa o oceano profundo,
derrubando todo mundo,
para um buraco sem fundo,
de sombras coloridas,

a raiz da arvore de limões,
de quem fere a si mesmo,
na ausência de auto-estima,
de uma laranja adormecida,
de quem o cheiro tanto esconde dentro,
que acaba apodrecendo,
e quando acorda, já está estragado.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

corcunda - Lucas Jammal

um grito egoísta,
da madeira quente,
vamos botar água no feijão,
separar a semente,
espalhado-as no chão,
de vermelho morena
e praia tubarão
em um barco de resíduos
onde os seres são temidos,
por não ter imaginação,
ao se prender em uma arena,
por uma crítica canção
em um novo mundo,
que nunca tem razão,
de te fazer ficar mudo,
ouvindo apenas um ruído
de mais uma ilusão,
de um fone de ouvido...
oh, mulher barriguda...
não deixe-se acorcundar,
você precisa lutar
e aos críticos mostrar a bunda

sexta-feira, 18 de junho de 2010

1-2-5-4-3-6-9-8-7 - Lucas Jammal

rua vermelha...
vida doce e amarga,
coro de lobisomem
que uiva para a lua azul
que não responde pra ele...
rosas caindo nas montanhas
de Hiroshima e Nagasaki
coisas que a vida traz sempre
a separação é a única coisa inseparável,
as torres que voavam por cima do tsuru...
caindo como um dominó,
uma do lado da outra,
como a cidade verde do dinheiro...
e eu... não sei pular corda...
e estou começando a desmaiar na poeira,
do ar das cinzas do cigarro,
e depois de matar a saudade da minha Cinderela no bar,
passo meu perfume e volto a dormir
ai, ai... os adolescentes e os seus joguinhos infantis,
de pular as fogueiras...
e depois brincar de médico...
e depois de papai e mamãe,
porque papai e filinha já cansou...
a brilhantina repetitiva...
os fios dentais que eu estou usando agora, para limpar meus dentes...
são os mesmos que ela usou, para chamar a sua atenção
você sabe, quanto mais fino, mais grosso...
mas se em um ensaio sobre a cegueira,
você ver um besouro branco...
essa poderá ser sua ultima revolução.

Um portal para o amor (nem tudo que é parece) - Lucas Jammal

Porque não?

diga que você me ama
porque querida, eu sei escutar
nós nem precisamos nos apegar para isso...
oh, você fala com seu olhar,
que eu vi brilhar quando você olhou para mim
um olhar diz mais que mil palavras
é um " show de cinema! "!
uma " surpresa de chocolate! "!
e sabe porque não a rosa eterna?
porque não existe vida que não acaba
a distância traz a nós o amor,
a doce e amarga preocupação
que gera a saudade,
que gera a luta,
que gera a luta pelo amor,
para não deixar,
o pequeno fogo de morango apagar

você disse que confiava em mim
porque para mim você é quase uma filha
e eu me preocupo muito com você,
oh, minha pequena filinha elétrica,
nunca seja mais velha do que eu.

Eu sou você e você sou eu,
querida, todos somos um só ser,
e cada um de nós é um universo,
e esses universos tem correntes,
correntes de cores,
de cores do mar do espaço,
a gravidade...
o amor...
a poça, a mão e a gota.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Um portal para o amor (Julia diz) - Lucas Jammal

me protegeu como se fosse minha mãe,
confiou em mim, como se fosse minha filha
passou a mão em meu coração,
e transmitiu energias com seus olhos brilhantes
Julia disse sua paixão pelo baixista do mcfly
Julia disse as músicas de Miley Cyrus,
com letras muito simples
porque somos nós quem fizemos a vida complicada

Julia diz coisas para um dia mais feliz,
talvez nem sempre Julia consiga ser legal,
mas ela luta pela paz,
com sua energia imortal

Se você estiver triste e derrotado
não deixe fazerem de ti um ser arruinado,
levante sua cabeça ao invés de abaixar
e diga a primeira besteira que em ti virá
diga " foda-se " para a vida, carpe diem você deve,
e agora um segredo eu irei te contar
quando ajudar alguém você ficara tão feliz,
pois terá mais alguém para o fruto da vida compartir
o fruto que irá se multiplicar,
coração em coração
até a felicidade despertar,
por descobrir a união.

domingo, 13 de junho de 2010

indiferente - Lucas Jammal

A matemática é minha comida,
e eu nunca tenho fome,
eu sempre tenho gula
quando abro minha cabeça,
para pegar o chocolate amargo
que vem da pupila
ou as balinhas coloridas,
que brilham na íris

cabeça para cima,
nariz torto...
cabeça para baixo,
olhos abertos...
cabeça para um lado,
ouvidos tampados,
cabeça para o outro,
corações fechados

e eu ainda acredito
que o mundo irá mudar...
pois o que o vermelho provoca
não foi para você,
e o medo do azul,
não é nada pessoal
a ambiguidade do verde
só que te segurar,
o sol do amarelo,
nunca quis te cegar,
e o cheiro das rosas,
querem ver você mudar
e mudar para melhor
depende tudo de você

quinta-feira, 10 de junho de 2010

só você - Lucas Jammal e Oscar Ihms

só você chora,
só você sofre,
só você fala,
só você grita,
só você ouve,
só você vê,
só você ama,
só você não é amado,
só você luta,
só você desiste,
só você volta,
só você é duro,
só você é mole,
só você enlouquece,
só você sabe,
só você mia,
só você late,
só você uiva para a lua,
só você que quer brilhar,
só você que deve brilhar,
só você é só você
só você vive,
só você morre,
só você, Bela...

aonde está o amor? - Lucas Jammal

aonde está o amor,
que o céu azul me mencionava?
Se eu grito não adianta,
eu durmo pensando no sol
e acordo um sonhador
eu tenho um sono pesado
e um sonho muito leve,
que acaba com uma gota vermelha
que estraga a imagem do quadro,
então eu começo a brigar,
para ver qual religião é a melhor
no caso de nós brasileiros:
para honrar o deus Real
Abusar do sangue de Cristo
e mastigar o seu corpo carne viva
e se encontrar com nosso pecado mais colorido:
o belo, doce e gostoso egoísmo
que nos faz sentirmos superiores
porque para nós não há nada melhor que brilhar
esse é o mundo em que vivemos

Across my universe II - Veronique. S.Y







inconstitucionalissimamente - Lucas Jammal

pedra, dura, pedra,
deite imprudente
é a vida amarela
a gosma branca...
o coração partido
a embarcação sem volta,
do mar louco,
que vai sempre para a mesma direção
o remorso inconsciente,
de uma alma inocente,
que simplesmente algo irá querer
e suas palavras tem medo de perder
simplesmente fala alto
e deixa os outros irritados
e no fim ninguém escuta,
porque todos mandam calar a boca
até ela se esconder
e ficar com medo da mima
até joga-la pela janela
e tomar um comprimido tóxico
mesmo sabendo que os médicos não deixarão ela morrer
ela quer um fim inconsciente
para poder morrer sem saber
em um lago de vinho
ao lado de Dionísio,
sem saber se as cortinas estarão abertas ou fechadas

Fauna e flora - Lucas Jammal

morango de limão...
o amor amargo...
eu estou quase derrotado...
de overdose da paixão,
gerada pela ilusão,
das minhas duas namoradas
e dos seus dois namorados
e mais duas namoradas
e mais dois namorados
e mais duas namoradas
e mais dois namorados
e mais dois namorados
e mais duas namoradas
e mais duas namoradas
e mais duas namoradas
e mais duas namoradas
e uma mulher azeitona,
vestida de violeta noite
e um homem sol,
chupando uva amarga
passando frio com a janela aberta
com uma das pernas para fora
e a cabeça olhando para baixo,
brincando no décimo quinto andar
de se fingir inconsiente

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Um portal para o amor (um toque invisível) - Lucas Jammal

o vampiro de fogo...
seu sangue gostava de sentir
tomava banho na cachoeira quente,
elétricas, como tudo de um mundo moderno

ele sente muito frio ou calor...
ele gosta disso...
o doce e o amargo,
secos e molhados
sentir a poeira dos velhos quadros...
sufocar nossas cabeças
que devem estar fora do lugar

as sereias...
elas tem um toque invisível...
me chamando para entrar no mar
correndo ansiosamente escorreguei
e só não morri, porque pensei...
que não iria conseguir sair de lá...
porque oh, quando escorreguei elas me agarraram pelo pé,
me chamaram de gostosão
falaram que o dia era para mim
e eu queria acreditar,
mas por mais que me esforçava...
eu não conseguia

O retrato de Dorian Gray - Lucas Jammal

Um sorriso caído
os cabelos brancos
Uma sombra escondia seus olhos
aquele olhar indireto
de quem escondia a própria arte,
para parecer belo eternamente

A pequena baba do vinho amargo
escorrendo dentro da boca seca
que envenenara Julieta
com seus beijos desperdiçados
de um coração petrificado
de quem arte não consegue gostar

As bochechas gordas e caídas
das lembranças escondidas
as rugas egoístas,
da face distorcida...
olhar aquele quadro
era como ler seus velhos pensamentos

a confissão do diabo - Lucas Jammal

eu sou o diabo,
Todos põem a culpa em cima de mim
os inteligentes me odeiam
e os sábios me perguntam " porque? "

Toco piano em um lugar quente
onde todos falam
e ninguém ouve
e eu... adoro ouvir a confusão,
pois fico feliz com a dissonância

Digo " coitado "
mio como um gato
imitando um cachorro,
bato na porta
e sou egoísta
por esconder a madeira

Helter Skelter é minha pista
toco o tritono com o símbolo do rock
puxo pelos pés, as crianças para o inferno

terça-feira, 8 de junho de 2010

Um portal para o amor (secos e molhados) - Lucas Jammal

Azul, como as estrelas dos mares vermelhos
azul, como o brilho do véu da noite...
veste a princesa mística...
escondendo a cabeça debaixo dos panos
Azul, como as rosas lindas jogadas no chão,
nas enchentes de cinzas da rua azul

Azul, como a fé que Deus lhe pediu
azul, para quem um sono profundo conseguiu
anjos subindo e descendo as escadas
e quando você acorda não lembra de nada azul

azul, como o frio que fará está noite
azul, como os anjos gritando pra dentro
Sininho veio até aqui e
me fez voar até o mar azul.
Na terra do nunca azul,
não precisamos nos preocupar com o tempo vermelho,
eu jogo fora o meu próprio espelho
e encontro uma Alice azul
lá no fundo azul da noite da floresta

Across my universe - Veronique. S.Y





























Um portal para o amor (salada de frutas) - Lucas Jammal

eu queria que você tivesse acreditado em mim...
mesmo sabendo que o vermelho do tomate é o mesmo da pimenta
que o verde da natureza é o mesmo do dinheiro
que o brilho pode te cegar
a ponto de deixar você caido no sol

eu queria que você tivesse acreditado em mim...
mesmo sabendo que estamos todos misturados,
que a maioria é só pequena
e só a minoria é grande
e a maioria está aumentando cada vez mais

eu queria que você tivesse acreditado em mim...
existem três tipos de mentirosos:
Os mascarados (que escondem a verdade)
Os fantasiados (que modificam a verdade)
e os maquiados (que enganam na verdade)

eu queria que você tivesse acreditado em mim...
mesmo sabendo que a obscuridão do destino é a mesma da solidão,
que a mão que pode te segurar é a mesma que pode te machucar
que o mar que nos leva a navegar é o mesmo que pode nos afundar...
você sabe que " precisa entrar para poder sair "

sábado, 5 de junho de 2010

Um portal para o amor (as rosas dos ventos) - Lucas Jammal e Pedro Faria

os passos da noite...
a menina pálida
o calor infernal,
de uma cidade fria...
Se eu for pra lá fico com frio
se eu não for fico com frio também...
" eu queria que você estivesse aqui... "
" eu vou agora. "
" Venha comigo! "
Abra a porta devagar e...
vamos embora juntos
para um lugar além do horizonte

" as rosas dos ventos...
já deve ter sentido algo parecido...
sabe do que eu estou falando, não sabe? "
" desista, você não é uma obra,
você é apenas quem a escreve "
" vamos entrar logo!
ora as crianças querem brincar...
mas eu não quero perder tempo "

" Todos a bordo! "
" espere a... a senhorita Avelar! "
" todos a bordo! "
" senhor, estamos sem energia... "
" garoto... substitua com algo eletrizante...
uma pimenta, um sorvete... "
" sinto muito Perdigão... veja isso... "
" apenas mulheres bonitas e homens ricos... "
" ei! O que vocês estão fazendo com minhas asas? "
E o velho Eolo distribuia suas rosas.

domingo, 30 de maio de 2010

a dança dos anjos sobre as chuvas vermelhas - Lucas Jammal

querida, nós não iríamos cair
olhe para sua outra vida...
antiga ou nova...
não se sabe quem morreu primeiro
nem quem morreu por último,
contornando as estrelas
voe com os anjos,
agora nesse sonho perdido
não me deixe aqui sozinho
fico perdido sem você
mas do que eu já estou...

A dança dos anjos sobre as chuvas vermelhas...
o céu das chuvoso rubi...
querida, vamos lá?
nós não iríamos nos molhar...
eu não quero morrer de noite
quero sempre acordar mais um dia
mas eu não consigo acordar cedo
então segure minha mão
e me diga que não é tão tarde de mais
que eu não estou atrasado para o trabalho de ontem

quando eu era estrela,
eu estava em um palco
esfregando um pano que parecia um fio dental nos meus olhos,
pois era a única pequena coisinha pequena que tinham para me dar,
tudo isso porque uma chuva vermelha caiu em meus olhos
com uma temperatura de 40 graus
eu não resisti de tão ardido,
passei a noite sem dormir,
com a coisinha em meus olhos
sem conseguir escutar nada,
a não ser aquele cheiro
do quadril cor de rosa

sábado, 29 de maio de 2010

magnitude da magnólia - Lucas Jammal

olhe para o céu
e verá uma estrela como eu...
Inês Perada está Desesperada,
para sair da gaiola
e poder ir para a balada
e conversar com suas amigas,
mas oh aquele perfume...
não quero eu perder de vista...

eu olho para baixo...
para não escorregar
no chão áspero
de sapatos de Prada
eles me disseram:
" bebê, você é um homem rico,
bebê, você é um homem rico também "
mas eu prefiro ser um asno que te carregue...
do que te derrubar
quem sou eu para te prender Capitulina?

os homens velhos de hoje...
não resistem aos cheiros das árvores
Únicas em um mundo urbano
acostumados por natureza néon da noite
e no dia a luz da televisão ou do computador
uivando para o google ou se enganando no orkut
quando roçam lenhas desconhecidas
e levam para casa,
só para passar uma noite quente.

pequena coisinha pequena - Lucas Jammal

pequena, coisinha, pequena...
apertar venha aqui...
em mim você é
e eu sou você
todo mundo é um
todo um é um mundo diferente

quero comprar seu perfume...
só encontro em você...
delicada é forte
energia recarregada de lágrimas...
felizes pelo amor
com toques invisíveis
você está em um caminho especial
com seu próprio jeito especial
" além do horizonte,
existe um lugar
bonito e tranquilo "
venha comigo querida

olhos... dois buracos negros
atraindo-me para sua face branca
pele macia...
eu sou só um cara
três vezes três...
a ultima revolução
será o fim?
então vamos seguir " todas as crianças boas ",
" Mamãe Maria " disse que " elas vão para o céu "

terça-feira, 25 de maio de 2010

fly by night - lucas jammal

1: the walk in a dark star
2: make fun of colored minds
3: Indian giver
4: make ends meet
5: the copycat
6: streached and shrunk
7: out of breath
8: fed up
9: keeping an eye out for the moon
10: hit the sack
11: fly by night

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Deixe o monstro te abraçar - Lucas Jammal

Com o olhar de cachorrinho
Frankenstein só queria um pequeno monstro gigante,
que pudesse ele abraçar
e depois sair correndo.

Com os olhos bem abertos
vinha Alex tomando olhos de leite
" um poeta tanto mente
que a dor que deverá sente "

a garota fofa e bochechuda
dizia para deixar o monstro lhe abraçar,
porque nó céu tudo está bom

estamos todos muito calmos
a pontos de nos esquartejar
você é meu melhor amigo

domingo, 23 de maio de 2010

Quem sou eu? II - Lucas Jammal

O louco era bom, o bom era mal, o mal era normal, o normal era louco... e você pergunta quem sou eu... bom... eu não sou ninguém. Não sou quem você pensa que eu sou, você acha que eu sou um poeta... eu não sou um poeta! Um poeta escreve poesias! Eu não escrevo poesias, elas é quem me escrevem. Meu dia-a-dia... fatos da minha vida, se eu escrevesse poesias... não contaria sobre mim, porque não sei o que eu sou e nem quero saber. Na verdade não sei de nada, a única coisa que eu sei, é a mesma que todos sabem, só sabemos que nada sabemos homo-sapiens que não sapiens de nada.
Sabe... nas aulas de trovadorismo... cantigas de amigo, me lembram do passado... cantigas de amor me lembram do futuro... cantigas de Maldizer me lembram dele ou diretamente de você. Cantigas de escárnio me lembram... me lembram de mim, mas não conta pra ninguém, ok?

Estrela nova - Lucas Jammal

A cidade e as estrelas de néon
nas placas dos motéis de Las Vegas
ou pelo menos em São Paulo,
amor, vamos nos jogar na cama,
em direção dessas estrelas
que brilham mais que as antigas

Mas vendo Lucy a garota imaginaria,
fugindo com minha droga Psico-diária,
que me faz normal no dia,
vivendo com Alice no pais das maravilhas
eu não vou sair de lá!

minha propaganda de cerveja,
venham agora comprar tudo!
rápido passa a advertência
assim como voa a consciência

nunca vi tão noite colorida,
e tanta gente colorida...
" eu tenho o maior medo desse negócio de ser normal. "

além da polução noturna...
veio a mim a poluição noturna

não me lembro da ultima vez que sonhei com você.

conchas de praia - Pedro Simões e Lucas Jammal

Escuto as ondas do mar
é o vento a me levar,
o sol a me esquentar
é a menina a me olhar

Eu ando daqui até ali
e os olhos a me seguir
eu vou daqui até ali
e a paixão a me perseguir

conchas de praia...
vejo ela cantar,
tomando banho de sol,
em plena noite na montanha,
ela diz ser só um sonho
quando vira o olhar para mim,
sem acreditar que eu sou simplesmente
filho de Netuno

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O Homem - Lucas Jammal

O homem é homem. O homem é um macaco que quer ser louco, um louco que quer dançar, um dançarino que quer cantar, um cantor que quer ser artista, um artista que quer ser arteiro, um arteiro que quer ser santo, um santo que quer casar.
O homem é tão criativo quanto Deus, na verdade é mais criativo que Deus e o diabo juntos. Enquanto Deus cria o amor, o diabo cria o ódio e o homem cria uma explicação para ambos os sentimentos. Deus cria a verdade, o diabo cria a mentira, o homem cria histórias. Deus cria paz, diabo cria guerra, homem cria justificativa. Deus cria a alegria, o diabo a melâncolia, o homem cria hipotese.
O homem é vinho, o homem é uma zurrapa. O homem é uma morsa, o homem é um bufão, o homem é um Perdigão, que cria tsurus.
O homem é o mais belo ser feio.
O homem é parasita, o homem é vegetal, o homem é canibal, ou não. O homem é caçador, o homem é presa, o homem é preso, o homem é vitima, segundo é claro, o homem. O homem é porco, o homem é rato, o homem é gato, o homem é cachorro, o homem é príncipe e o príncipe é sapo.
O homem é doce, o homem é amargo, o homem é azedo, o homem é salgado.
O homem, o único ser que se divide em raças, mesmo sabendo que só tem uma raça homem.
O homem é brasileiro, o homem é americano, o homem é urbano, o homem é globalizado.
O homem é Todo Mundo, o homem é Ninguém, o homem é mulher, o homem é machista, o homem é feminista, o homem é homem.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Bancando o anjo - Lucas Jammal

nós somos pessoas prejudicadas...
bancando o anjo...
eu não quero que você mude...
para se tornar um revelador, na montanha mais alta...
nas correntes...
tem minha pequena alma em paz,
dentro de uma auréola inútil,
bancando o anjo
jogando a guerra para um mundo distante do nosso
estamos todos limpos,
esperando pela noite
para termos belos sonhos
atrás do volante,
a verdade é que estamos a quilómetros de distância,
curtindo o silencio,
se perdendo no céu de diamantes

terça-feira, 11 de maio de 2010

Acabei me perdendo - Lucas Jammal

achei-me uma estrela
digna de luz,
brilhante como o sol
brilhando tanto na noite
que me achei no topo flor
me achei tanto...
que acabei me perdendo

Achei-me pedra,
que estava tudo bem,
poder em mãos,
achei que com o poder teria coragem,
que não sairia do chão
então Deus derrubou o Titanique
e eu achei que não iria me perder em um náufrago
me achei tanto...
que acabei me perdendo

Achei-me vida,
que teriam pena de mim,
que poderia ser assim
lá no topo da montanha
onde não sabia o que estava fazendo,
quando achei-me morte,
ao ver o sol se pondo
e as árvores balançando
achei-me em guerra, nas florestas vazias
achei-me rei, achei-me Deus, me achei seguro...
me achei tanto...
que acabei me perdendo

domingo, 9 de maio de 2010

confessando-se para o doutor - Lucas Jammal

sabe... é que somos pedaços de vários semi-deuses na verdade...
todos com seus espíritos em nossos ouvidos,
atacando os nossos corações...
Como assim " o Escolhido? "
se somos nós quem escolhemos
Nós somos tão diferentes,
que mando Dionísio para a lua,
para fazer festa pra lá,
pois agora vou descansar,
já basta de dia raios de Apolo

Como, com uma só religião?
Somos tão diferentes,
viemos de lugares diferentes
com histórias diferentes
diferentes para poder contar
sabe... " eu tenho o maior medo desse negócio de ser normal ".

Fui fazer uma visita ao doutor, na igreja,
mas quando confessei meus pecados...
as luzes da igreja apagaram,
os vidros se quebraram
e o padre não aguentou,
ele começou a rir,
talvez fosse de mim...
depois disso me expulsaram do submarino amarelo
e perdi todas as cores invadidas
que haviam na minha cara de palhaço,
"quando o dentista deu a ela um par de dentes que não prestava nem um pouco.
Então eu disse que me casaria, me juntei à porra da marinha e fui ao mar "

sábado, 8 de maio de 2010

minha pequena pantera - Lucas Jammal

esse é o sexo dos selvagens,
na verdade é ela quem está comendo,
o meu coração...
sem deixar sobrar nenhum pedaço...
se arrumando nesse jeito pela noite,
saindo como se não houvesse amanhã
como se todos os dias fossem o ultimo.

essa é minha pequena pantera,
que se diz onça quando vira a guerra,
para o lado negro da lua,
com qualquer cor que você goste,
com um tom de quarenta graus...
uma gatinha que muito mia
minha pequena um-sete-um

trincheirado - Lucas Jammal

Se escondendo do belo gato,
escondido estava o sujo rato,
preparando-se para se atirar,
no primeiro inimigo que chegar

De Apolo tinha medo,
sonhos não poderia ele ter,
não tinha tempo para beber,
dormia tarde e acordava sedo

são como campos de morangos aos pedaços para sempre...
eles tem duas bocas e um ouvido,
nós temos três ouvidos e nenhuma boca

como é bom estar aqui apertado...
quando uma bomba em mim explodir,
eu acho que vou conseguir sair

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Zurrapa de Dionísio - Lucas Jammal

ao pensar no tapete estragado,
se colocou o nobre a chorar,
lágrimas que não iriam adiantar,
para o tal grande adiantado

ao provar do vinho desgraçado,
se retirou o pobre para rezar,
orações que ouvidos não iriam dar,
os Reis que consideravam-no atrasado

por vomitar no tapete do rei,
o pobre da corte que não podia contradizer
teve seu fim com a cabeça decepada, por lei

com o tapete, não tinha mais os nobres o que fazer
mas depois dessa história, agora eu sei
que oh vinho ordinário ninguém irá mais beber

terça-feira, 4 de maio de 2010

o vomito do rei - Lucas Jammal

sou apenas o vomito do rei
a sua comida predileta,
a sua comida em excesso,
as vezes não tenho tempo para parar
para pensar no quanto sou explorado
vivo alucinado,
nas estrelas desencontrado,
sou um pessimista,
mas no fundo sou otimísta,
mas bem no fundo sou apenas um pessimista,
que se diz um fraco regurgitado,
que tinha tudo para ser forte,
exceto seu mole coração de pedra
que só tinha sentimentos voltados para si
por traz da cebola de vidro
porque oh, escravo insensível...
se estivesse no lugar do rei seria igual a ele

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Luz da bela audição? - Lucas Jammal

Quando traz a vida,
oh, grande amor
que a luz ilumina,
fica pequeno
e se transforma em um pecado,
quando vira cálice,
metido a boca fechada,
para degustar o vinho amargo,
da solidão desembestada

Oh Lucas Simões Jammal,
como pode dizer-se um tolo,
se tolo tão bom fosse,
protegido por Gil Vicente,
tu não é nada inocente!

Oh grande cavalheiro,
porque jogaste tua espada fora?
só por que chegou a mais difícil hora,
a hora de lutar,
para a paz agora conquistar
aonde está a adimirada coragem,
da luz da bela audição,
com um grande coração,
que a todos deve amar?
aonde está a sua luz?
de ti oh belo Simão desordeiro,
faz arte, metido a artista,
mas na verdade é só mais um arteiro

Sergio - Lucas Jammal

as ovelhas do seu pasto
costumava Sergio a proteger,
sabendo que estás tinham sangue de inocência,
ao verem a raposa, todas se punham a correr,
e mesmo difícil de paradas ele as manter,
continuava a suas ovelhas proteger

No pasto em que vivia,
Sergio soltava de ti um encanto,
sua amiga chamava de filho do rei,
filho do rei, mas não de santo,
mas continuava a suas ovelhas proteger
em um belo pasto que não tinha como maldizer

mesmo com oh, tanta dificuldade...
ele amava aquelas ovelhas
e preferiria deixar tudo em seu lugar,
portanto não o desafie,
pois com isto, saiba que nada irá ganhar!
porque é difícil do amor o valor separar

Leonardo - Lucas Jammal

era um leão,
como aquele que ouvia,
que também era bravo...
para poder ter a coragem
a persistência de uma pedra,
que evita água mole,
mais derrota qualquer gigante,
porque oh, só com tanta coragem,
que o leão virará rei
e criara boas leis,
com oh a grande sabedoria,
de alguém que receberá uma chave,
para abrir todas as portas,
mas isso só será possível,
para quem tem as portas abertas
as portas abertas do coração,
para entrar e sair os leões,
de uma grande batalha,
não importando a disputa,
sempre haverá um vencedor
e o perdedor ainda terá sua vez,
mas tome cuidado com as batalhas,
pois se sua chave cair em mãos erradas,
nas quais as invejas ardem os olhos,
suas portas serão abertas por qualquer um
fazendo difícil o seu império continuar,
pois invasões tomarão o seu lugar,
portanto tome cuidado,
oh meu caro Leonardo

domingo, 2 de maio de 2010

Amiga imaginaria - Lucas Jammal

você é minha melhor amiga imaginaria
me faz querer voar,
dos meus amigos me afastar
e te servir de escravo
" oh musa do meu fado,
oh minha mãe gentil "
oh rosa perfumosa
perfume envenenado
oh minha nova fonte de energia
eu me sinto mais seguro
quando sirvo uvas em sua boca
nos lindos lábios que eu não posso tocar...
você é minha melhor amiga imaginaria
eu sei que sou só um tolo,
mas eu ainda tenho fé que o meu sonho irá realizar
oh minha amiga imaginaria
dei a ti todo meu dinheiro,
mesmo sabendo que não tem como te comprar
oh minha amiga imaginaria
sua aranha perfumosa
soltou uma picada envenenada,
e arrancou um pedaço do meu coração,
como se fosse uma maçã deliciosa
oh minha amiga imaginaria

Quando jogaram pimenta em meus olhos... - Lucas Jammal

quando jogaram pimenta em meus olhos...
eu tentei chorar,
mas minha postura não consegui mudar
e o dia não pude eu desperdiçar,
querendo me vingar
pois não tinha eu tempo algum,
porque tempo é dinheiro,
e mesmo no fundo me achando um homem bom de bico,
nas costas sempre me chamavam de favelado,
e na frente fizeram de mim um homem esfarelado
eles começaram a me odiar,
quando jogaram pimenta em meus olhos
e eu não tive tempo de reagir,
portanto tive eu que mentir,
falando que até para mim aquela pimenta era um refresco
mas a mentira não durou muito e adivinhem:
eu explodi!
E me deram um sorvete de pimenta azul,
pensando que isto iria me acalmar,
fazendo eu perder o trauma que eu tinha com as pimentas
mas a única coisa que eu perdi foi meu emprego,
de vender maçãs em pleno luar,
lá no topo da montanha
onde eu via o sol raiá
porque agora estou eu cego
e não consigo ver mais nada

O karma surta - Lucas Jammal

esse é o mundo das camisinhas...
oh mama me deixe nascer,
oh mama eu quero viver,
mesmo sabendo que um dia eu vou morrer
eu não sei quando será,
por isso quero continuar
sinto falta dos cemitérios,
estamos em um mundo que aonde não há morte,
também não há vida!
aceite isso
o proximo morte não tera,
mas o problema é que é difícil de acreditar

oh pequeno mundo lotado...
eu estou crescendo
oh destino marcado...
me deixe viver

seu coração é vermelho,
é como uma maçã
talvez alguém irá morde-lo
não tem como evitar
você prefere não nascer?
porque acha que Deus criou Adão?
porque acha que Adão pediu Eva?
o karma surta!
oh kama sutra...
tudo o que vocês precisam é o amor
aonde está o amor?
aonde está tudo que vocês precisam?
aqui não tem ninguém!
Ninguém não tem nada

sábado, 1 de maio de 2010

86 - Lucas Jammal

garoto corcunda, você já percebeu que anda meio torto,
quando deixa tudo em um dia,
e começa a olhar para os outros,
pensando que o que você vê é tudo,
achando que sua vida é a maior?

São os três porquinhos!
O primeiro come o bacon do segundo,
que comeu o do terceiro,
que não teve pra onde ir
o dominó dominou o mundo
e em um segundo o fez cair

não cortem minha raiz
eu cresço para baixo
confiem em mim!
oh, gravidade...
eu não posso cair agora,
não em seus braços cheios de espinhos,
cheios de espinhos de rosas envenenadas

a viagem anti-esperada, do Selvagem - Lucas Jammal

" Plut Plat Zum "
palavras na minha cabeça
baixando palavras...
download completo...
criar nova pasta...
Nome: lobotomia
pasta lotada...
...deletar amigos antigos...
...meninas " tum tum tum "
serei eu apenas mais um?
O karma surta
oh, kama sutra!

eu quero estar pelado - Lucas Jammal

podem me chamar de louco...
achar que eu não tenho nenhuma razão,
mas oh, essas roupas apertadas
apertam muito ao meu coração
daqui a pouco eu morro sufocado,
é por isso que eu quero estar pelado!

me disseram que eu não poderia come-la de boca aberta,
mas oh, ela estava tão quente ontem
que não deu nem para eu me esconder,
era muito sangue a escorrer pela minha boca,
se eu não gritasse, eu morreria engasgado
e é por isso que eu quero estar pelado

tem gente que perde todos os dias da vida,
só por uma noite,
aonde esta a energia?
ai, que vontade de correr pela rua,
e ver meu sonho realizado
de mãos abertas estou eu, ajoelhado, careca e pelado
Ford, não imagine minha cena,
se você não for mais um tarado

trote da raposa - Lucas Jammal

vocês estão se enganando...
ao apontar um dedo para o outro,
são três apontados de volta para si...
e ninguém consegue explicar nada,
se você fosse rico dominaria o mundo,
se você fosse pobre sentiria menos falta dele

trote da raposa...
sol brilhante...
navegando no topo da montanha...
comendo até ficar triste...

as ovelhas vão andando pelo mesmo caminho...
e suas almas repetem a mesma frase:
" Faço o que vejo fazer pelo mundo "
repetem até convencerem-se que é uma boa desculpa

sexta-feira, 30 de abril de 2010

bom dia - Lucas Jammal

bom dia...
todo mundo tem problemas,
mas está um belo dia lá fora,
então porque não vamos lá?
levantar as mãos para cima,
falar " bom dia " para todos

se pudesse levaria vocês para casa,
oh, respeitável publico pagão,
sem horas e sem dores...
estou tão feliz agora,
estou me esforçando tanto para ter um salário alto,
venha comigo, vamos contar
setenta, se não der sessenta,
para pra pensar,
que um é melhor que zero,
mais não pense de mais,
senão terá de voar,
e de zero passara para menos um
já é madrugada
e a prova de álgebra está acabando
então aproveitem o dia,
minhas ovelhas,
o seus pastos são maiores do que vocês imaginam
o homem não é perfeito como Deus
mas é tão criativo quanto,
portanto cuidado com o mundo que criar
saiba que ele não é só seu,
saiba dividir e o dia aproveitar
para o seu dia, bom ficar

quinta-feira, 29 de abril de 2010

a colméia quente, das abelhas produtoras de mel picante - Lucas Jammal

é muito quente,
dentro da colmeia,
das abelhas do mel picante
que dançavam sem parar,
queria ver meu docinho de volta,
onde agora está?

eu olho tão feio para aquela abelha retardada,
que perde o caminho onde deve voltar,
ela roda em torno de si mesma e em torno do mundo
eu acho que não conseguido mais pensar...
pelo que eu me lembre eu nunca fui uma abelha
e eu acho que nunca serei
eu não lembro se eu já fui uma abelha,
mas no fundo eu não deixo de lembrar que te esqueci
e que eu era você e você será eu
meu docinho, aonde está você?

abelha rainha fazia o sinal
e suas abelinhas começaram a trabalhar
naquele calor infernal...
me chamaram para jantar
mas oh, eu estava muito confuso
entre o sonho e o dia, não sei o que é mais real,
porque eu queria ver meu docinho de volta,
meu docinho, aonde está você?

anjinhos tomando banho,
sentido o calor do próximo, na água fria,
ai que gostozinho, ai que gostozinha...
o mais quente se sentia macil e a mais fria se sentia segura...
seguravam se com suas azinhas,
voando juntos, de volta para a colmeia...

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ana Julia - Lucas Jammal

cheia de graça e de energia...
ela está esperando,
e eu sei que um dia será uma grande mulher
por isso que ela está feliz
e quando cai levanta,
sempre com a cabeça levantada,
para o que der e vier
oh energia graciosa...
pincéis e cordas
sem perda de graça
com perda de energia,
mas é só recarregar
as ligações irão continuar
o amor é elétrico
e a eletrecidade vai e volta,
assim como o tempo,
as vezes em um piscar de olhos,
é impressionante
e apesar de não poder ser segurado,
acredite em mim, será seguro

Eu sou a Morsa - Lucas Jammal

eu fui você,
portanto você será eu
assim como ele sou eu
e eu sou ele...
porque um ser são dois
e dois seres são apenas um simples coração,
mas as vezes de costas
e outras distantes

Cuide bem do próximo,
estamos em um mundo paralelo
" eu sou ele, como você é ele como você sou eu e estamos todos juntos! "
todos nós sabemos para onde está barca vai,
e porque agora resolvemos negar?
foi tão grande o susto assim?
apenas para os tolos e os cavalheiros,
pois os homens que os invejam no fundo escuro,
fingindo que os odeiam na luz clara
iluminadas pelas chamas das mentiras
falam por traz de todas as paredes
" menino, foi uma menina má que te deixou assim "
acredite em mim, ela é você e você é ela
ou pelo menos será
se é que nunca foi,
em uma parte da sua vida
ou em uma parte da sua morte
Moral, real ou imaginaria,
assim como Quincas Berro D'água

Como porcos comendo bacon...
poderemos superar isso
me dê sua mão,
vamos todos juntos agora,
descobrir o amor,
eu já fui você,
ou você já foi eu...
eu sei, meu bem, eu sei,
não sei o que, mas eu sei porque
porque todo mundo é ninguém
e ninguém é todo mundo,
ou pelo menos podem ser, em uma parte da sua vida,
ou em uma parte da sua morte

os beatles - Lucas Jammal

O morango!
Campos de morango para sempre
por traz da cebola de vidro
será isso realidade?
ou será apenas uma fantasia?
o que será que será,
que sinto em meu coração

Amar é preciso
viver não é preciso

O morango!
Sargento pimenta tinha um clube,
de banda de corações solitários
Ninguém gosta de você
mas além do ninguém tem alguém que você não consegue ver
precisamos amar, precisamos mudar
o mundo não é novo
novo somos nós

navegar é preciso
viver não é preciso

domingo, 25 de abril de 2010

preguiças do por do sol - Lucas Jammal

estou com medo de dormir...
e acordar em um pesadelo...
pisca pisca...
até que para de piscar...

eu sou muito teimoso,
quando preguiça tenho eu de te interpretar
e achar que você está me ofendendo,
simplesmente para poder por a culpa em alguém
porque todos nós sabemos que ela é pesada
e ninguém gosta de um espelho torto

" nós somos os demônios
nós estamos no inferno
e temos medo de ir pra lá! "

" queria se podre de rico e lindo de doer...
metade disso pelo menos eu já sou...
estou podre e cheio de dor "

O vagabundo queria trabalhar...
todos tinham que o segurar...
para essa louca vontade passar.

sábado, 24 de abril de 2010

Os embalos de domingo anoite, na sala 51 - Lucas Jammal

é como o Disco Inferno
queria sentir esse tipo de calor...
como eu gosto dessa música...

talvez seja como creu na velocidade 4
queria o gosto dessa música
mas eu não sinto nenhum humor

é como um dos meus turnos
é como o banheiro escuro
ou até como o sorvete de pimenta azul
é como porcos comendo bacon

é como um muro com sangue escrito Helter Skelter
felicidade é uma arma quente...
todo mundo tem algo para esconder,
exceto eu e o meu macaco

é como o Citta Dolente
estou começando a sentir o calor
estou começando a ouvir cada vez mais alto

é como contar o tempo
é como olhar para as estrelas
e não ver nada escrito nelas

sexta-feira, 23 de abril de 2010

porcos comendo bacon - Lucas Jammal

estamos todos entrando em uma viagem psicólogica,
que estão inventando motivos para lutar,
ouvir dos seus modos a religião interpretar,
falando que o motivo de nossa guerra é pela paz...
ouvi-los dizendo qual religião é a melhor
é como ver porcos comendo bacon

A galinha faminta, pegou o ovo de codorna...
levei meu cachorro para China...
não tinha o que comer...
comprei uma carne do seu ser...
bem vindo a selva
aqui é como ver porcos comendo bacon
o rei comia o coração do coelho,
enquanto mandava arrancar pela frente o coração de Pero coelho
e pelas costas o coração de Alvoro Gonçalves
é como ver porcos comendo bacon,
é como ver alguém nadar numa piscina de leis regurgitadas
é como ver porcos comendo bacon.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

sorvete de pimenta azul - Lucas Jammal

olhe por trás da cebola de vidro...
enroladores de tapete fazem todo o serviço lá
e quatro pessoas estão brincando de três porquinhos,
todos fazem um circulo
e mesmo correndo, eles não saem do lugar
o amor é elétrico
e eu... estou me queimando de tanto frio,
por tomar esse sorvete de pimenta azul

garota, você é um doce,
me chamando para entrar na chilli beans
e cuidar do seu filho, oh, bela Billie Jeans
você não é minha garota, eu não sou um homem de compromissos

talvez eu acabe como o sargento pimenta
e é claro sua banda de corações solitários
mas oh, agora está tudo bem,
pelo menos por enquanto
eu nunca me perco,
quando estou junto com meus palhaços azuis, do meu circo circular,
que por mais que eles corram...
sempre acabam no mesmo lugar