domingo, 9 de setembro de 2012

Voz de criança - Lucas Jammal

Tu és assim, 
Candy: pra mim,
o sonho.

o sonho das estrelas flamejantes, 
o sonho de um coração amante, 
gritante, gritante, efervescendo na maior estrela intergalática, que qualquer poeta-astrólogo-bêbado-apaixonado-filosófico pode ver

e fosse de Apolo ou de Dionísio, o garoto pedia palavras pra conversar com a garota, 
pras mãos, pedia toque cativante, 
um bom beijo de língua que faz pegar fogo em ambos, 
 pedia doces, bebidas, remédios, venenos, casas, mares, frutos de Afrodite, 
a coleção completa de acros e flechas do cupido... 
enfiava a ponta das unhas no travesseiro,
enfiava suavemente os dedos no piano... 
qualquer som, qualquer toque
                                                                     [era o som de Candy Jones, era o toque de Candy Jones
Seu cheiro imaginário, então, não lhe saía da cabeça, 
nem teu canto suave, que Candy chamava de " voz de criança ", mas que era linda, maravilhosa e que sempre me fez sentir um amor muito intenso, uma vontade de pular, de abraçar tudo, de dar um grande abraço de urso. 
Ah! Esse amor de poeta, esse amor cheio de cáries...
Esse amor tão forte, dengoso, grande e grosso!

- ora, menino, você nunca viu essa garota. É um maluco!

- mas não é preciso ver, para sonhar. 
Assim como não é preciso olhar, para ver. 
Só é preciso amar. 
Eu amo, eu vejo, eu sonho, eu sinto Candy! 
Candy é o sonho que desejo!
Candy é o anjo que imagino, 
Candy é tudo que já senti, que vou sentir e sinto. 

Você, Candy, pra mim é a vida. 

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