Morte ao poeta - Gabriel Barros
Supremacia romântica
passadista
Que de nada fora audaz
Que das palavras em pranto
fugaz
O riso estreito do teu peito fascista
Supras-te! Que
tem o meu clamor,
E se rides das palavras eufóricas
Não sabes
que do próprio
Ri de tu, que mesmo sóbrio,
É tu o amor.
O seio de seus suspeitos
Expressa na fresta
As festas de
imaginação
Que suprem à desgraça
E os certos pensamentos
forasteiros
Encobrem a verdade
Como fumaça em nevoeiros
E
cobre de suspense a cidade.
O coração parado e quieto
Branco e brando
Não demonstra emoção
Apenas gelo e corrosão
Que esfria o sentimento
E modifica o sangue fervente
Que de
choque térmico
Parado e crente
A palavra da boca mente
E
ignora o cético
Ou o enfermo.
E o inferno das ondas frias
Levam consigo imperfeições suas mentais
Flexionavam a pele de forma
que forme estrias
Pela elasticidade das decisões banais
E
sujos as limpas mentes e os celulares
Abandonam e se cansam de tanto
subirem nos andares
E a sua presença
Traz-me conforto, estadia e
sonhos.
Do meio das cidades de Hades
Surgem idéias
revolucionárias
Que de súbito óbito
Mostram visões extra
planetárias.
E pelo fútil, já não opto.
E o ópio que me embriaga
É o mesmo que me conforta
E confortado a noite penso
Em quão
feliz sou, tento ou por mero senso
Que da censura explícita
Gera desconfianças
Mudanças
E dúvidas...
E quando isso
ocorre
Vejo que a amizade morre
E se desintegra ,
E com
árduo trabalho integra
E nos emulsificam no meio da selva
Que
de todos, a relva, parece normal.
Transforma o pão em vinho
demonstra simplicidade
E o poeta antes risonho, hoje simples
Mostra que a morte lírica de verdade
Ocorre não só no papel, mas na
cabeça também!
Principalmente quando outrem, se envolve
E
aquilo, de furto, devolve...mas não se importam.
Talvez, do
fim épico
Pode ser do jeito que fico
É tão estranho, que me
estranho.
Mas, quem sabe, como fênix ressurge
Das cinzas
pretas do fogo
Que do povo enlouquece
O poeta pode voltar, em
prece
Mas não em espírito.
Poema dedicado ao poeta Lucas Jammal
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