sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Morte ao poeta - Gabriel Barros

Supremacia romântica passadista
Que de nada fora audaz
Que das palavras em pranto fugaz
O riso estreito do teu peito fascista

Supras-te! Que tem o meu clamor,
E se rides das palavras eufóricas
Não sabes que do próprio
Ri de tu, que mesmo sóbrio,
É tu o amor.

O seio de seus suspeitos
Expressa na fresta
As festas de imaginação
Que suprem à desgraça

E os certos pensamentos forasteiros
Encobrem a verdade
Como fumaça em nevoeiros
E cobre de suspense a cidade.

O coração parado e quieto
Branco e brando
Não demonstra emoção
Apenas gelo e corrosão
Que esfria o sentimento
E modifica o sangue fervente
Que de choque térmico
Parado e crente
A palavra da boca mente
E ignora o cético
Ou o enfermo.

E o inferno das ondas frias
Levam consigo imperfeições suas mentais
Flexionavam a pele de forma que forme estrias
Pela elasticidade das decisões banais
E sujos as limpas mentes e os celulares
Abandonam e se cansam de tanto subirem nos andares
E a sua presença
Traz-me conforto, estadia e sonhos.

Do meio das cidades de Hades
Surgem idéias revolucionárias
Que de súbito óbito
Mostram visões extra planetárias.
E pelo fútil, já não opto.
E o ópio que me embriaga
É o mesmo que me conforta
E confortado a noite penso
Em quão feliz sou, tento ou por mero senso
Que da censura explícita
Gera desconfianças
Mudanças
E dúvidas...
E quando isso ocorre
Vejo que a amizade morre
E se desintegra ,
E com árduo trabalho integra
E nos emulsificam no meio da selva
Que de todos, a relva, parece normal.
Transforma o pão em vinho demonstra simplicidade
E o poeta antes risonho, hoje simples
Mostra que a morte lírica de verdade
Ocorre não só no papel, mas na cabeça também!
Principalmente quando outrem, se envolve
E aquilo, de furto, devolve...mas não se importam.

Talvez, do fim épico
Pode ser do jeito que fico
É tão estranho, que me estranho.

Mas, quem sabe, como fênix ressurge
Das cinzas pretas do fogo
Que do povo enlouquece
O poeta pode voltar, em prece
Mas não em espírito. 
 
 
 
Poema dedicado ao poeta Lucas Jammal 

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